O zagueiro do Chelsea, John Terry, que enfrentará um julgamento em julho por conduta racista, foi destituído como capitão da seleção da Inglaterra, segundo confirmou nesta sexta-feira a Federação Inglesa de Futebol (FA).
Em comunicado, a entidade indicou que Terry “não voltará a capitanear a equipe até que as acusações sejam resolvidas”.
Depois de se reunir com seus membros na quinta, o presidente da federação, David Bernstein, comunicou a decisão nesta sexta ao técnico da seleção, Fabio Capello, que, segundo a nota, não participou das deliberações.
A FA considerou que “é do interesse de todas as partes que Terry seja destituído das responsabilidades de capitão”.
A decisão foi tomada levando em conta “o perfil de destaque do capitão da Inglaterra, tanto dentro como fora de campo, e as exigências e requerimentos adicionais que recaem sobre um capitão antes e durante os campeonatos”, indicou o comunicado.
Por outro lado, a federação esclareceu que o zagueiro e capitão do Chelsea não foi excluído da seleção e Capello poderá escalá-lo para a partida contra a Holanda em 29 de fevereiro, além dos jogos da Eurocopa.
Terry poderá disputar a Eurocopa porque seu julgamento foi fixado para 9 de julho a pedido da direção do Chelsea, que convenceu o tribunal a adiar o processo até acabarem as competições nacionais e internacionais da temporada.
O atleta, de 31 anos, se declarou inocente das acusações de racismo que pesam contra ele por supostamente insultar Anton Ferdinand, do Queen Park Rangers, durante uma partida da Premier League em 23 de outubro.
Até o momento, Capello vinha defendendo a inocência de Terry e apostando em que manteria seu posto de capitão até que a Justiça demonstrasse o contrário, mas a federação decidiu agir antes do final do processo.