O tenista israelense Andy Ram aguarda um visto de entrada nos Emirados Árabes para disputar o torneio de Dubai e teme que ocorra o mesmo que com sua compatriota Sharar Peer, impedida de jogar por não ter conseguido o documento.
A "barração" de Peer, que se tornou notícia no mundo todo, gerou protestos dos circuitos profissionais feminino e masculino, além da própria Federação Internacional de Tênis (ITF, em inglês). A competição corre o risco de sair do calendário da WTA por conta disso.
Segundo declaração de um porta-voz da ATP à rede britânica "BBC", ainda está sendo aguardada a decisão sobre Ram, atual número 11 do mundo em duplas e com presença confirmada na chave.
"Claro que é uma oportunidade para que os Emirados Árabes tomem uma decisão correta", apontou o porta-voz da ATP. O próprio Ram não quer que o torneio seja cancelado, mas pediu às autoridades que encontrem uma solução.
"Cancelar o torneio é a última coisa que Shahar, a WTA, a ATP ou qualquer um deseja. Por outro lado, é um dos grandes torneios no calendário e temos de encontrar uma forma de os israelenses poderem disputar o torneio. É preciso responsabilidade", comentou.
Diante da situação da Peer, é bem provável que Ram tenha o mesmo destino. A chave masculina em Dubai é disputada pouco depois da feminina e distribui US$ 1,4 milhão em prêmios, além de contar com muitos tenistas que estão no top ten. Nesta terça-feira, a organização do torneio divulgou um comunicado explicando que a ausência da tenista se deve a "razões de segurança".
"Sua presença poderia incitar protestos e boicotes", disse uma nota divulgada hoje. A entrada de israelenses nos Emirados Árabes só é permitida àqueles com dupla nacionalidade ou em circunstâncias excepcionais.
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