A boa estreia no Rio Open de tênis, em que bateu a romena Alexandra Cadantu, quarta cabeça de chave, nessa terça-feira (18) animou a brasileira Teliana Pereira, que garantiu ter os pés no chão, mas revelou que sonha com o título em casa.
“Eu quero ganhar, é óbvio. Vim para ganhar. Mas penso jogo a jogo, nem sequer olho a chave. Vou passo a passo porque costuma acontecer de ter pela frente uma menina contra quem a vitória pode parecer garantida, aí pensar à frente e acabar sendo eliminada antes”, ponderou a número 1 do Brasil em entrevista coletiva.
Teliana admitiu que se sente pressionada pelo fato de ser a tenista mais bem ranqueada do país e ter de jogar diante de uma torcida apaixonada como a brasileira.
“Não é fácil jogar no Brasil, para mim pelo menos, que não estou acostumada. É um pouco de pressão por querer mostrar serviço. A torcida esteve incrível durante todo o tempo. Fiquei muito feliz com o primeiro jogo. É difícil se soltar na estreia, mas a vitória foi importante também nesse ponto e espero voltar mais relaxada”, analisou.
Antes da coletiva, a tenista de 25 anos se mostrou impressionada com a quantidade de jornalistas presentes na entrevista, mas considerou o fato mais um fruto de seu trabalho.
“Acho que há merecimento da minha parte, mas é tudo novo para mim. Isso de ’23 anos sem brasileira em Grand Slams’, ‘dez anos sem…’ eu acho muito legal, fico muito feliz. Mas tudo é muito novo e tenho que me acostumar. Espero que aumente a cada porque será sinal de que as coisas estão dando certo”, projetou Teliana, que comemorou também a presença de outras tenistas brasileiras na torcida durante sua vitória.
“No tênis é difícil haver amizade porque dentro de quadra é só você e você. Então é ótimo ver que elas estavam lá me apoiando e realmente torcendo. Elas costumam dizer que sou a guerreira delas, sou um espelho e puxo a fila. Espero que o tênis feminino continue crescendo no Brasil”, finalizou.
