Classificando a chave G da Copa do Mundo da África do Sul como o “Grupo da Morte”, o técnico da Costa do Marfim, Sven-Göran Eriksson, garante que o Brasil já está com os dois pés nas oitavas-de-final e trata as partidas contra Portugal e Coreia do Norte como decisões de campeonato.
“Uma vaga é do Brasil. Será uma surpresa sem proporções se eles não passarem à segunda fase. Nossa estréia contra Portugal é uma final para nós”, disse o técnico sueco, em entrevista concedida ao canal de TV sueco SVT.
Mesmo ciente das dificuldades que terá pela frente durante a primeira fase do Mundial, Eriksson já planeja encarar uma das favoritas ao título na segunda fase.
“Nós não temos muito a perder. A Costa do Marfim está no grupo considerado o mais difícil da Copa do Mundo, isso é o que todos os especialistas dizem. Será muito difícil passar à segunda fase. E, mesmo se passarmos, ficando em segundo lugar na chave provavelmente teremos pela frente a Espanha nas oitavas de final. Nossas chances não são grandes, infelizmente, mas temos um grupo de atletas muito talentosos”, explicou.
Além das expectativas depositadas sobre a Costa do Marfim, o treinador sueco falou sobre a realização do primeiro Mundial no continente africano.
“Tenho certeza de que a primeira Copa na África será incrível. O futebol africano terá um boom. Já estive no continente como treinador, passei por Angola, Moçambique, África do Sul, Nigéria… Apesar dos problemas, são lugares muito bonitos, de pessoas sempre sorridentes e que vivem o futebol como uma religião. Infelizmente, nem tanto na África do Sul, onde rúgbi e críquete ainda são mais populares, mas, quem sabe, a Copa ajudará a mudar isso. Também tenho um grande especialista em futebol africano que é meu filho, Johan, que já trabalhou como treinador no continente. A experiência dele na Nigéria não foi tão boa, porque teve de deixar o país por conta de ameaças de sequestro a estrangeiros. Mas ele teve uma ótima experiência na África do Sul e adorou o país”, finalizou.