O big rider Rodrigo “Koxa” teve sua foto publicada como destaque de um evento realizado anualmente, o “Billabong XXL”. Essa competição, considerada o Oscar das ondas gigantes, premia os surfistas que
encaram as maiores ondas ao redor do planeta. Além dos atletas, também são consagrados os fotógrafos e cinegrafistas que conseguem os melhores ângulos dessas imensas ondas.
Koxa não estava no Chile por acaso: ele mantém uma busca constante por grandes ondulações: “Sou focado no Big Surf por inteiro, minha meta sempre foi surfar as maiores ondas do mundo e para isso busco
estar presente nos dias épicos que o cenário do Big Surf oferece”, diz o surfista.
Rodrigo Augusto do Espírito Santo de 31 anos, iniciou sua trajetória no surf
aos 8 anos de idade. Competiu até os 15, quando decidiu se dedicar ao surf em ondas grandes após
uma viagem a Puerto Escondido, no México, onde surfou seu primeiro swell de 12 pés, em 1995.
O Brasil não é exatamente um país que conta com frequentes ondulações grandes. Mas tem surfistas que registraram a marca do país como a nova potência nesse esporte:
“Com certeza, o Big Surf já ganhou seu espaço no Brasil pela história que já foi plantada por nossos pioneiros big riders, fomos campeões mundial de tow-in e na remada. Vejo a nova geração se espelhando nesses ídolos que mostraram que somos os melhores em fazer acontecer, muitas vezes sem a melhor das estruturas. A mídia vem cobrindo os feitos dos big riders brasileiros
com muito respeito e oferecem um espaço privilegiado em programas de tv, sites e revistas. Vejo hoje os big riders falando bem um dos outros e isso cria uma energia muito positiva no esporte”, diz Koxa,
que conclui dizendo quem são os melhores em sua opinião:Temos uma lista bem grande dos melhores big riders do Brasil, mas sendo bem específico,
O Carlos Burle é o big rider mais completo do Brasil, surfista que tenho como referência maior.
Haroldo Ambrósio manobra na onda de Jaws como poucos no mundo.
Danilo Couto é um tipico big rider underground por não ser muito de fazer Marketing,
mas estuda os mapas com poucos e sempre está atrás de diversas ondas gigantes.
Rodrigo Resende foi quem vi dar os drops mais verticais em Maverick´s.
Alemão de Maresias e Romeu Bruno são meus mestres e professores, vejo neles um real feeling
dos capitães dos mares. Já na nova geração Felipe Cesarano vem mostrando estar instigado na
remada e assim como Vitor Faria que vem surfando Teahupoo com total habilidade, dentre muitos outros….
Em relação aos gringos, Twiggy surfa na remada onda gigante com as menores pranchas, onde esbanja técnica.
Mark Healey é goofy footer e gosto muito de acompanhar o trabalho dele, dentre muitos outros
que tenho como referência”.
O atleta agora está no Guarujá, no litoral paulista e continua aguardando um novo swell,
que pode aparecer em qualquer lugar do mundo a qualquer hora. Quando rolar, ele com certeza está lá.