Dá para imaginar um jogo que misture os gols do futebol, os arremessos do handebol e as enterradas do basquete? Parece propaganda, mas ele já existe. Criado em 2008, o Kronum, cujo nome deriva da palavra ‘krone’ (coroa), é a mais nova sensação do esporte americano, conquistando fãs também na europa. Os vídeos da modalidade superam um milhão de acessos no Youtube, e a Kronum League já caminha para a terceira temporada nos Estados Unidos.
A ideia do esporte surgiu após uma constatação. “Todos os esportes que conhecemos foram inventados há mais de 100 anos. Nesse tempo, os atletas mudaram, os fãs mudaram e a mídia também”, explica Bill Gibson, criador do Kronum. “Se tivesse que imaginar um esporte perfeito para os atletas modernos, que também agrade os fãs e os novos meios de comunicação, como ele seria?”, acrescenta.
A perfeição de Bill Gibson exigiu regras inovadoras. Cada partida é disputada em um gramado circular de 50 jardas de diâmetro (cerca de 45 metros), que conta com quatro zonas de pontuação compartilhadas pelos dois times. Para marcar um ponto, o jogador deve acertar a bola dentro e uma meta muito similar à do futebol de campo, porém com um diferencial: cada gol conta com cinco aros verticais em seu topo. Quando a bola ultrapassa um dos cinco alvos, a pontuação é maior. O valor dos chutes e arremessos também varia de acordo com a distância na qual o atleta estava posicionado.
Novo esporte vira febre entre norte-americanos e europeus
Os times são compostos por 10 jogadores, que podem usar as mãos e os pés para conduzir a bola. Para aumentar a confusão, os atletas dividem-se nos setores do campo, e cada time usa quatro goleiros para defender as metas. “Levei algumas partidas para entender todas as regras. Não é tão difícil quanto parece nos vídeos”, comenta Philip Cavalcante, jogador do Night Owls, uma das seis equipes que disputam a Kronum League.
Vindos de outras modalidades, os atletas do novo esporte sofrem para aprender todos os fundamentos. “Jogava beisebol e futebol americano na escola, e pensava que poderia me dar bem no futebol por ser um atleta, mas estava errado. A primeira vez que tentei conduzir a bola com os pés foi um desastre”, conta Cavalcante.
O esforço de Philip e seus companheiros de Kronum vem sendo recompensado. O site oficial do esporte já foi visto por fãs de mais de 170 países, que também interagem através do Twitter e Facebook. Apesar da modalidade ainda não ser praticada no Brasil, a expansão do Kronum nos Estados Unidos e europa anima o criador da franquia. “Nosso sonho é que milhões de pessoas de todo o mundo se juntem ao movimento para inventar e desenvolver o Kronum. Se isso acontecer, será o primeiro esporte criado com origens globais”, diz Bill Gibson.
Como nos outros esportes de sucesso nos Estados Unidos, o Kronum também aproveita a beleza feminina para atrair mais torcedores aos jogos. Veja abaixo a galeria das cheerleaders que representam a Kronum League.