Apesar de não ter conseguido contratar um jogador de renome no cenário internacional para reforçar seu ataque, a diretoria do Paris Saint-Germain certamente não tem do que reclamar: afinal, a solução já estava no clube e atendia pelo apelido de Nenê.
O brasileiro, revelado pelo Paulista de Jundiaí e que passou por Palmeiras, Santos e várias equipes espanholas antes de desembarcar na França, marcou 21 gols na temporada 2011/2012 do Campeonato Francês, ajudando o PSG a terminar em segundo lugar e a garantir uma vaga na próxima edição da Liga dos Campeões da Europa.
Nenê ficou também em segundo na tabela de artilharia, atrás apenas de Olivier Giraud. Ambos fizeram o mesmo número de gols, mas no critério de desempate – quem marcou menos em cobranças de pênalti -, o francês do Montpellier levou a melhor (apenas 2, contra 9 do brasileiro).
O atacante do PSG destacou-se ainda na quantidade de assistências na competição: foram 11, apenas quatro a menos que o belga Eden Hazard, primeiro colocado com 15.
“Fiz a melhor temporada da minha carreira”, disse Nenê, mesmo sem ter conquistado o título de campeão francês, que acabou nas mãos do Montpellier.
O brasileiro disse querer continuar no clube, que ganhou status de “novo rico” do futebol europeu com sua aquisição por um grupo de investimentos do Qatar. Os novos donos pretendem transformar o PSG em uma potência, e para liderar este projeto de reformulação trouxeram o brasileiro Leonardo como diretor de futebol.
A ameaça ao sonho de Nenê é a possibilidade de contratação de um atacante de peso. Muito se falou, na última temporada, sobre as tentativas de trazer o também brasileiro Alexandre Pato ou Carlitos Tévez – ambas fracassadas. Desta vez, o nome mais especulado é o de Gonzalo Higuaín. Curiosamente, o jogador da seleção argentina e do Real Madrid nasceu na França.
Uma solução pode ser “recuar” Nenê para o meio de campo, onde também pode atuar. Isso porque a grande contratação da equipe para a temporada 2011/2012 não vingou. O argentino Javier Pastore veio do Palermo por 42 milhões de euros, mas respondeu com 13 gols e cinco assistências.