A situação do zagueiro John Terry na seleção da Inglaterra não é insustentável, como o próprio jogador havia declarado, afirmou nesta segunda-feira (24) o secretário-geral da Federação Inglesa (FA), Alex Horne, antes do início do processo contra o jogador do Chelsea pelo suposto uso de “palavras abusivas e insultantes” durante uma partida do Campeonato Inglês.
Na noite do último domingo (23), o zagueiro, de 31 anos, anunciou que não vestiria mais a camisa da seleção inglesa por causa de uma decisão da FA, que, segundo o jogador, teria voltado a abordar esse caso depois dele já ter sido absolvido em um tribunal.
“É uma decisão pessoal. Não nos vemos (a posição de Terry) como insustentáveis. São dois processos muito diferentes”, afirmou Horne à emissora “Sky Sports News” enquanto se dirigia à sede da FA no estádio de Wembley, onde será realizada a audiência que dará início ao processo de racismo contra o zagueiro.
O jogador do Chelsea está sendo acusado de utilizar “palavras abusivas e insultantes”, que “incluem referências à origem étnica, a cor e a raça do zagueiro Anton Ferdinand”, do Queens Park Rangers, durante uma partida do Campeonato Inglês.
Apesar da polêmica envolvida, a FA decidiu não iniciar uma acusação formal contra Terry até que o processo fosse concluído. No entanto, o zagueiro acabou perdendo a faixa de capitão da seleção inglesa, um fato que resultou na saída do treinador Fabio Capello.
Segundo Horne, os dois processos que Terry enfrenta são muito diferentes entre si.
“Eles pertencem a compartimentos diferentes e posso separá-los em minha mente, mas parece que ele não”, acrescentou o secretário-geral da FA, que também lamentou a demora para solucionar esse caso.