Os sete atletas da delegação de Camarões que abandonaram a Vila Olímpica dos Jogos de Londres têm visto para permanecer no Reino Unido, por isso, não pode ser tomada nenhuma medida legal por parte das autoridades do país.
A porta-voz do comitê organizador, Jackie Brock-Doyle, disse nesta quarta-feira, que após a notificação do Comitê Olímpico Camaronês a polícia foi acionada para tentar descobrir o paradeiro dos atletas, mas que nenhuma outra medida pode ser tomada, pois eles não estão em situação irregular no Reino Unido.
“Até que chegue o momento em que estejam aqui de maneira ilegal, não se pode atuar. Podem fazer o que quiserem”, explicou Brock-Doyle. O diretor de Comunicação do COI, Mark Adams, afirmou, por sua vez, que a entidade “segue de perto a situação”.
O chefe de missão camaronesa em Londres, David Ojong, confirmou nesta terça-feira o desaparecimento dos esportistas. A causa seria, segundo comunicado do dirigente, econômica.
Ojong explicou que Drusille Ngako, goleira reserva da seleção de futebol feminino, foi a primeira a desaparecer, ainda antes do início da competição. Enquanto suas companheiras, que estavam concentradas na Escócia, viajaram para Coventry, na Inglaterra, a jogadora não acompanhou o grupo e não se soube mais dela.
Poucos dias depois foi a vez do nadador Paul Edingue Ekane, que disputou a prova dos 50 metros livre da natação, terminando na 54ª colocação.
Em seguida, todos os pugilistas camaroneses que disputaram os Jogos: Christian Donfack Adjoufack, Thomas Essomba, Yhyacinthe Mewoli Abdon, Blaise Yepmou Mendouo e Serge Ambomo, não retornaram a Vila Olímpica, no domingo. Destes, o melhor desempenho foi de Essomba, que venceu uma luta e chegou as oitavas de final do peso mosca (até 49kg).