A intenção da Fifa de usar apenas segurança terceirizada dentro dos estádios durante a Copa do Mundo no Brasil preocupa a polícia paulista. A entidade máxima do futebol considera inadequada a presença de policiais com capacetes, escudos, cassetetes durante os jogos.
A Fifa entende que PMs equipados podem dar uma imagem de truculência em um ambiente onde a paz entre as torcidas deve prevalecer. Na Copa do Mundo da África do Sul, no ano passado, a exigência foi cumprida inicialmente. Mas, uma greve da segurança terceirizada obrigou a polícia local a assumir os postos abandonados.
Em entrevista a Thiago Samora, o comandante geral da PM paulista, coronel Álvaro Camilo, destacou que o tema será objeto de muita discussão. “Eu acho que a Fifa não vai desperdiçar essa experiência que tem aqui, em São Paulo, porque independente de ter opções nos outros lugares também teve participação da polícia (…) O que vai acontecer é o diálogo e o trabalho em conjunto”
Já o ex-Secretário Nacional de Segurança Pública, José Vicente da Silva, considerou inevitável a presença de policiais militares no interior dos estádios brasileiros. Silva ressalvou que a tropa agirá mais discretamente para prevenir eventuais distúrbios:
Ele defende a presença de policiais na segurança interna dos estádios porque os grandes públicos são ameaçados por distúrbios de toda ordem. O ex-Secretário Nacional de Segurança Pública disse que o monitoramento visual do estádio poderá ser feito por PMs aposentados ou estudantes.