Jérôme Valcke, secretário geral da Fifa, já foi chamado de “Homem das sombras”, pelo jornal francês Le Monde; já deu declarações polêmicas do tipo, “dar um chute no traseiro” do Brasil para que o país tomasse jeito e que “menos democracia às vezes é melhor para organizar uma Copa”. Agora, embora mais polido, Valcke não deixou as polêmicas de lado, e o alvo foi Romário.
Em entrevista concedida ao Jogo Extra, no QG da Fifa, no Rio de Janeiro, publicada na íntegra do site Extra deste domingo (13), ao ser indagado sobre o ex-craque brasileiro, afirmou “Ele (Romário) é anti-Fifa, anti-Jérôme Valcke, antitudo. Romário, para mim, não tem qualquer futuro na promoção da Copa do Mundo. Não há razão alguma para imaginar um trabalho com Romário”.
Valcke lembrou que conversou com Romário em uma reunião em Zurique, mas, a despeito do tom amistoso daquele encontro, as coisas não se acertaram. “Romário fez da Fifa, de mim mesmo e do presidente da Fifa um campo de batalha, dizendo que éramos as piores pessoas do mundo. No futebol há centenas de milhões de pessoas, e você tem um que vem e faz isso… Eu espero que Romário compareça mesmo assim, se o Brasil chegar à final, e torça pela seleção de seu país na decisão”.
O Secretário Geral ainda afirmou que a Fifa está aberta para conversar, mas é Romário qume não tem vontade de dialogar, embora também não esteja disposto a procurá-lo.
“Ele falou tanta coisa negativa sobre mim que não vejo por qual motivo eu iria vê-lo. Se, agora, Romário quer explicações e me envia cartas oficiais para que eu vá a esse ou aquele lugar para dar explicações, como se eu fosse acusado de algum crime, eu não responderei. Há um limite, e acho que Romário ultrapassou os limites da decência, muitas vezes”, declarou.
