O velocista jamaicano Usain Bolt afirmou nesta quarta-feira (4) que acha “possível” bater seu próprio recorde mundial dos 200 metros (19s19) durante a próxima temporada se conseguir se “manter sem lesões”, mas admitiu que seria “muito complicado” diminuir o tempo registrado na prova dos 100m (9s58).
“Se continuar sem lesões, talvez possa bater um novo recorde”, disse Bolt ao ser questionado sobre seus objetivos pessoais para a próxima temporada, durante uma entrevista coletiva realizada nesta quarta-feira em Bruxelas, dois dias antes de sua participação do Memorial Van Damme.
“Melhorar meu tempo nos 100 metros é muito complicado, mas nos 200m acho que é possível, progredi muito em técnica e acho que poderia bater essa marca”, disse o jamaicano, que acrescentou que seu desejo é “ficar entre os melhores esportistas da história”.
O recordista e campeão mundial competirá na sexta-feira (6) nos 100m no meeting de Bruxelas, evento que fecha a Liga de Diamante e que será a última corrida da temporada para o atleta jamaicano.
Bolt chega disposto a “correr o mais rápido possível, competir ao máximo e oferecer o melhor espetáculo”, e afirmou que se sente “bem melhor” do que em Zurique, onde conseguiu uma ajustada vitória com um registro de 9s90 nessa prova.
O atleta confiou que pode render melhor do que no meeting prévio da Liga de Diamante, porque “haverá muitos admiradores” e porque sente predileção pela pista do Estádio do Rei Baudouin de Bruxelas, porque ela lhe dá “muita energia”, segundo disse.
Bolt, que conseguiu três ouros no Mundial de Atletismo de Moscou, elegeu os 100 metros para sua última corrida do ano, na qual concorrerá novamente com seu compatriota Nesta Carter e com o americano Justin Gatlin, que completaram o pódio dos 100 metros na capital russa.
“Chego cansado no final dos campeonatos, acho que é a melhor opção porque estive lesionado e não tive muito tempo para me recuperar”, disse Bolt, que no entanto afirmou que está “em muito boa forma e com muita confiança”.
Quanto a seu futuro, o velocista disse sua intenção é se aposentar após os Jogos Olímpicos de Rio de 2016, “quando estiver ainda no mais alto”, e descartou a possibilidade de competir em outras disciplinas como os 400 metros.
“Isso não vai acontecer. Não gosto de correr sabendo que vou perder”, disse Bolt entre risos.
Além disso, ao ser questionado sobre os recentes casos de doping que sacudiram o mundo do atletismo, Bolt disse que se tratava de uma “má notícia para o esporte”, e afirmou que ele “tenta de ser um exemplo” e demonstrar que “é possível conseguir grandes coisas por si mesmo”.
