Mesmo depois de disputar 14 temporadas e levar o título em nada menos do que metade delas, Michael Schumacher não pensa em pendurar o capacete. Em entrevista ao canal alemão <i>DFZ</i>, o alemão garantiu que não vai parar tão cedo.
"Ainda me sinto muito ligado a este esporte, me vejo nas pistas por muito mais tempo. Ainda tenho impressão de que sou competitivo", disse o ferrarista, em rara demonstração de modéstia. A data da aposentadoria continua longe de ser marcada. "Não sei se vou anunciar minha retirada daqui a algum tempo ou de improviso. Tudo vai depender da situação, do momento", afirmou.
Campeão mundial ininterruptamente desde 2000, Schumi impôs um domínio jamais visto na F-1 moderna. Parte disso se deve à superioridade técnica conquistada pela equipe Ferrari, dona do melhor carro da categoria.
Questionado pelo <b>Vírgula</b>, às vesperas do GP do Brasil, se não gostaria de provar que também é capaz de vencer sem ter o melhor equipamento, o heptacampeão mundial fez cara feia, abaixou a cabeça e, depois de 15 segundos de silêncio, foi enfático: "Não. Nós trabalhamos muito para ter o melhor carro, tivemos de passar por muito sofrimento e merecemos aproveitar o nosso sucesso", disse.
Mesmo com as alterações técnicas impostas pela FIA para 2005, a espectativa não é de grandes mudanças na ordem de força entre as equipes. Entenda-se: enquanto Schumacher faz a corrida dele, os outros vêm atrás.
