O alemão Michael Schumacher atrairá mais que nunca a atenção no Grande Prêmio da Itália do Campeonato Mundial de Fórmula, cujos treinos livres começam nesta sexta-feira, porque poderá anunciar sua ‘aposentadoria’.

Neste ambiente de incertezas sobre o mais bem sucedido piloto na história da Fórmula 1, o duelo entre Schumacher e o espanhol Fernando Alonso (Renault), assim como suas conseqüências para o atual campeonato mundial, passará para um segundo plano.

Este contexto se fortalece quando se considera que os rumores insistem que, junto com Schumacher, 37 anos, também se retirariam outros dois nomes de peso da Ferrari, privando a escuderia de Maranello de seu ‘triunvirato de ouro’.

Segundo estes boatos, a saída de Schumacher promoveria também a saída do diretor-esportivo Jean Todt e o diretor-técnico Ross Brown. Os três são os responsáveis diretos pela recondução de Ferrari ao mais alto patamar da Fórmula 1 há uma década.
"O Grande Prêmio da Itália é uma corrida tradicional que sempre foi muito importante para Ferrari", disse Schumacher acrescentando com o toque de malícia que "muitas coisas se passaram nos últimos anos".

O fato de que o anúncio destas mudanças, que será feito mediante um comunicado, seja durante um prestigiado Grande Prêmio e nas terras da Ferrari, sugere que se está perto de presenciar o fim de uma época, um dia de dizer adeus.

Entre as muitas especulações sobre Schumacher se inclui nada menos a do dono da Fórmula 1, Bernie Ecclestone. "Michael é sempre capaz de correr no mais alto nível, mas, provavelmente, já decidiu encerrar sua carreira", disse recentemente.

Uma declaração que irritou Todt. "Bernie Ecclestone não dispõe de qualquer elemento para falar sobre o que Schumacher tenha decidido", afirmou.

Sair ou permanecerá na pista? Uma questão que, certamente, dominará este fim de semana italiano que adquire uma enorme importância no plano esportivo.

O Grande Prêmio da Itália, que será disputado no domingo no circuito de Monza, é o 15º da temporada, com Schumacher aparecendo com 12 pontos a menos que Fernando Alonso, Renault, e a Ferrari com 10 pontos a menos que a equipe francesa.

"Este ano já ganhei em Silverstone, Mônaco e Espanha. Uma coisa é certa: quero ganhar também em Monza. É um circuito de lenda e será importante vencer na terra da Ferrari. Somos conscientes da importância do campeonato, mas é uma corrida especial para mim", alertou Alonso.

Nas duas únicas corridas do mês de agosto – Hungria e Turquia -, Alonso conseguiu aumentar apenas um ponto sua vantagem sobre o alemão. "Na Renault, temos neste momento apenas um objetivo: terminar na frente da Ferrari. Eles melhoraram muito nas últimas provas e vencê-los significa ganhar. Será nosso objetivo", disse o espanhol.


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Schumacher pode anunciar sua 'aposentadoria' em Monza