A partida começou de forma víril. Com apenas um minuto de jogo, as duas equipes haviam cometido uma falta cada uma. Devido a lances como esse, a primeira chance de gol aconteceu aos sete minutos. O atacante Osório recebeu um lançamento, ele tenta de primeira e o chuta sai fraco.

Logo o São Paulo respondeu. Cicinho tabela com Grafite e quando o lateral invade a área, o zagueiro argentino desarmou o jogador. Aos 10, Grafite cruza para Tardelli, mas Pontirolli sai para fazer a defesa.

Desta vez, o Quilmes foi quem respondeu. O clube argentino tentou algumas vezes, mas a chance mais clara foi quando Osório marcou o gol. Para alegria da torcida do São Paulo, o atacante estava impedido e o bandeirinha anulou o tento corretamente.

O jogo continuou truncado até os 25 minutos. Em cobrança de falta na linha de fundo, Júnior bateu fechado e quase surpreende Pontirolli. No mesmo lance, Tardelli e Vivas trocaram cabeçadas, socos e empurrões, mas o juiz Martín Vazquez não viu a confusão.

O São Paulo continuou no ataque. Aos 30 minutos, Josué arrisca de fora da área e a bola passa perto do gol. Mas aos 32, Tardelli arrisca, Pontirolli solta. No rebote, Grafite e Josué também tentaram, mas o goleiro espalma.
Em outro rebote, Tardelli conferiu. 1 a 0 para o Tricolor, levando ao delírio os torcedores, que lotaram o Morumbi. O estranho foi que só o autor do gol foi quem comemorou.

No fim do primeiro tempo, uma fato para se lamentar. Grafite e Arango se estranham. O juiz expulsa os dois. Pela televisão, pareceu que Desábato, zagueiro do Quilmes, fez ofensas racistas ao jogador do São Paulo. Em
entrevista para Rede Globo, o camisa 9 do tricolor disse que "não vai comentar para não dar ênfase ao fato".

O atacante do São Paulo já havia sofrindo racismo no primeiro jogo contra o Quilmes, lá na Argentina. Mesmo com várias campanhas contra essas ofensas, muitos jogadores ainda tem conceitos da Idade Média.

No segundo tempo, o Tricolor voltou melhor. Aos quatro minutos, em jogada de contra-ataque, Tardelli tabelou com Mineiro e, ao receber na área, o atacante soltou uma bomba e assustou Pontirolli. Após o lance, o camisa 19
do São Paulo pediu apoio para a torcida.

Tardelli voltou dos vestiários com a "macaca". Um minuto após, mesmo que sem ângulo, o atacante quase faz um golaço. O goleiro se esticou todo para a bola não entrar.

Aos sete minutos, um fato no mínimo curioso. Danilo teve seu calção rasgado quando dividiu um lance contra um jogador argentino.

A noite era de Tardelli. Ele recebeu de Danilo (ainda de calção rasgado) e, na saída do goleiro, deu uma tapinha e partiu para o abraço.

Um minuto após, a defesa do São Paulo tentou fazer a linha de impedimento. Partindo de trás, Arano cabeceou para Rueda, livre e embaixo do gol, só encostrou para diminuir. Mesmo assim, a torcida não parava de incentivar o
Tricolor.

O São Paulo queria ampliar. Aos 14 minutos, Josué tentou de longe e Pontirolli fez um milagre ao espalmar para escanteio. Na cobrança, Danilo quase marcou, mas Saavedra afastou. Minutos após, Cicinho bateu uma falta com muito perigo ao gol do Quilmes.

Danilo repetiu o que Tardelli fez no início do segundo tempo. Aos 29 minutos, o meia tentou encobrir o goleiro. O argentino se enforçou para que a bola não entrasse e espalmou para escanteio. Cicinho cobrou para o camisa 10, mas ele não conseguiu dominar e a bola foi para tiro de meta.

Mineiro recebeu uma falta dentro da área, mas o juiz marcou fora. Rogério saiu do gol para fazer uma excelente cobrança e Pontirolli se esticou todo para espalmar. As bolas sobre nos pés de Cicinho. Ai ficou fácil: 3 a 1 para o São Paulo. Na comemoração, o lateral tomou o cartão amarelo.

Aos 40 minutos, quase Danilo fez o dele. Tardelli lançou para o meia dentro da área, mas Pontirolli, de carrinho, travou em cima do lance. Este foi o último llance dos dois. O artilheiro do São Paulo nesta temporada. O autor de dois gols na partida de hoje deu o lugar para Luizão. Já o camisa 10 saiu para a entrada de Renan.

Com o jogo terminando, o São Paulo administrou o placar mantendo a posse de bola e esperando o apito final. Agora o Tricolor, com oito pontos em quatro jogos, o clube brasileiro é líder de seu grupo na Libertadores. Seu próximo adversário na competição é o Universidad do Chile, em Santiago.

Com a vitória, o Tricolor mantém uma invencibilidade de 18 anos e 24 partidas na Libertadores quando joga em casa. A última derrota foi para o Colo-Colo, em 1987. Nesta data, o time chileno venceu o São Paulo por 2 a 0.

A tristeza do Quilmes e principalmente de Desábato só aumentou. Um superintendente do Garra, Oswaldo Gonçalves, entrou em campo e disse que o zagueiro iria ao Distrito Policial devido às ofensas que ele fez ao atacante Grafite no primeiro tempo da partida.

<b>São Paulo 3×1 Quilmes (ARG)</b>

Gols: Diego Tardelli (2), aos 32 do primeiro e ao 9 do segundo e Rueda,
aos 10, Cicinho aos 37 da segunda etapa.
Local: Morumbi, São Paulo.
Público: 38.703 pagantes.
Árbitro: Martín Vasquez (URU)
Cartões amarelos: Vivas, Gonzalez, Josué, Danilo, Saavedra, Cicinho e Fabão.
Cartões vermelhos: Grafite e Arango.

São Paulo: Rogério Ceni; Fabão, Lugano e Edcarlos; Cicinho, Mineiro,
Josué, Danilo e Júnior; Grafite e Diego Tardelli (Luizão) – Téc: Emerson
Leão.

Quilmes: Pontirolli; Nelson Vivas, Alayes, Desábato e Raúl Saavedra;
Caneo, Matías Almeyda (Benitez), Andrés Pérez e Arano; Luis Rueda
(González) e Osório (Sanchez). Téc – Gustavo Alfaro.

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São Paulo vence e é líder na Libertadores