O Santos foi até a atitude de 3,6 mil metros da cidade do La Paz enfrentar o The Strongest no estádio Henrique Siles e teve tudo para estrear no grupo 1 da Taça Libertadores com um empate ou até a vitória, mas sofreu um gol nos últimos minutos, depois de ter perdido várias chances, e foi derrotado por 2 a 1.
O volante Henrique abriu o placar para o Peixe logo no começo do jogo, mas Cristaldo empatou ainda antes do intervalo. Na etapa final, o Peixe teve tudo para desempatar e até acertou a trave, em chute de Elano, mas foi castigado com o gol de Ramalho, aos 45 minutos, em falha de Rafael.
Na tentativa de se reabilitar, o detentor do título do torneio continental terá pela frente o Internacional, campeão de 2010 e que estreou com uma vitória por 2 a 0 sobre o Juan Aurich, na última quinta-feira. O confronto entre os brasileiros está marcado para o dia 8 de março, na Vila Belmiro.
Em La Paz, o técnico Muricy Ramalho optou por escalar Ibson em lugar de Elano no meio-campo e Pará na lateral esquerda, deixando o recém-contratado Juan de fora. Nos donos da casa, o destaque era o atacante Pablo Escobar, jogador da seleção boliviana e que passou por vários times do interior do Brasil, entre eles Ipatinga, Santo André e Ponte Preta.
Foi o The Strongest que começou o jogo atacando, e o goleiro Rafael levou um susto aos sete minutos do primeiro tempo. Soliz recebeu de Escobar e chutou cruzado, encobrindo a meta por pouco.
O primeiro gol, no entanto, foi do Peixe. Aos nove minutos, Ganso cobrou falta e o goleiro Vaca fez a defesa no reflexo, mas Henrique pegou a sobra e não desperdiçou a chance, fazendo 1 a 0.
Apesar da vantagem equipe paulista, os donos da casa atacavam mais. A altitude fazia com que a velocidade da bola fosse diferente. Aos 20 minutos, numa tentativa aparentemente despretensiosa de Escobar, ela passou raspando a trave.
A resposta do Santos veio um minuto depois, com Borges, que apareceu de frente com Vaca no contra-ataque. No entanto, o camisa 9 parou na defesa do arqueiro boliviano.
O grande nome da equipe anfitriã na partida até então era Escobar. O atacante paraguaio naturalizado soltou mais uma bomba de fora. Rafael se esticou todo e não alcançou, mas contou com a sorte e ficou com o tiro de meta.
Aos 33 minutos, porém, não teve sorte que salvasse o goleiro do Peixe. Parada lançou da direita, Ibson furou feio e Cristaldo, livre de marcação, encheu o pé no meio do gol e empatou.
O fato de ter sofrido o empate acordou os jogadores dirigidos por Muricy, que criaram algumas chances até o intervalo. Na melhor delas, já nos acréscimos, Neymar, até então discreto na partida, fez bela joga individual e bateu com força. Vaca fez a defesa, e Borges por pouco não ficou com a sobra.
O segundo tempo começou trucado. Se nos primeiros 45 minutos o árbitro Carlos Vera não tirou os cartões do bolso, a etapa final teve três amarelos em oito minutos.
O duelo estava equilibrado não só na violência, mas também nos lances de perigo. Aos nove, Escobar voltou a tentar de longe, e desta vez a bola passou ainda mais perto, à esquerda. Aos 12, Elano cobrou falta e por centímetros Neymar não acertou a bola para marcar o segundo.
Aos 16 e aos 17 minutos, o Peixe perdeu duas oportunidades incríveis, ambas com Neymar. Na primeira, o atacante limpou o goleiro e tocou para a rede, mas Ojeda apareceu para salvar; na segunda, o camisa 11 foi lançado por Ganso e finalizou para fora
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A equipe comandava as ações, e perdia gols que vieram a fazer falta no final. Elano acertou o travessão aos 26 minutos, depois de lançamento de Neymar.
Acuado por um certo momento, o The Strongest voltou para o jogo apenas nos minutos finais. Aos 36, Chumacero acertou uma bomba cruzada da direita e Rafael fez uma bela intervenção. Seis minutos depois, o goleiro voltou a salvar o Santos, defendendo cobrança de falta de Escobar.
O camisa 1, que tanto esforço fez para evitar a derrota, acabou falhando aos 45, permitindo que os bolivianos fizessem o segundo. Escobar – sempre ele – cobrou escanteio e Ramalho apareceu para completar de cabeça na segunda trave.
