O primeiro verso do hino corinthiano está sendo muito lembrado ultimamente. Mas quem é capaz de salvar o Corinthians? Não perca tempo procurando super heróis eles não existem. Além disso, é provado que o técnico não é o principal responsável pela má fase do alvinegro paulista. Juninho tem boa vontade e desempenha satisfatoriamente sua função. Sugiro, portanto, a procura pelos vilões. Esses, sim, existem. E são vários. Como nas histórias em quadrinho ou nos desenhos animados, andam disfarçados e passam por mocinhos. No Corinthians, por exemplo, tem gente fazendo juras de amor ao distintivo e culpando torcedores pela péssima atuação do time. Concordo que a torcida não comparece aos jogos como antes, mas isso, infelizmente, acontece em praticamente todo o país. Afinal, os ingressos não são baratos. No entanto, reverter o quadro e se fazer de vítima é inadmissível. Dirigentes corintianos alegam que a ausência da fiel torcida nos estádios é motivo para falta de contratações. Isso é agressão à inteligência das pessoas que acompanham o futebol. Arrecadação nos estádios está longe de ser a maior renda dos clubes. A propósito, onde foram aplicados os valores adquiridos nos últimos meses, com jogadores transferidos para fora do país? Em reposição de atletas com certeza não foi. Na área social? Louvável preocupação da diretoria, porém, nenhum avanço foi constatado nesse setor. Os torcedores ainda são obrigados a ouvir que estão mal acostumados. É certo que o Corinthians viveu bons momentos nos últimos onze anos tempo do atual presidente no poder mas não se pode esquecer que a dignidade e a tradição corinthianas, e de qualquer outro clube, devem prevalecer mesmo nas derrotas. Perder duas partidas consecutivas seria normal, não fossem os adversários dois times sem destaque no atual Campeonato Brasileiro. Um deles Fluminense – quase no pé da tabela. Perder por erros primários, nem sempre pela superioridade do rival, deve servir como alerta para a diretoria tomar providências e arcar com as conseqüências. Tirar o time de campo e fugir de responsabilidades não é a melhor solução.
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