A Federação de Sacerdotes Vodu do Togo chamou nesta quarta-feira a seleção de futebol do país para organizar cerimônia para “afastar os maus espíritos” do esporte após a morte de cerca de 30 jogadores e torcedores em acidentes e atentados nos últimos anos.
“É preciso confiar na tradição, que é a única capaz de nos salvar de mais dramas no nosso futebol”, disse à Agência Efe o presidente da federação, Togbui Gnagblondjro III.
O dirigente religioso afirmou que apesar dos acidentes a Federação Vodu não tinha pensado em organizar cerimônias como essas, mas que agora elas são necessárias, devido ao aumento no número de incidentes. “As pessoas não podem continuar morrendo assim sem que ninguém reaja”, acrescentou.
Em junho de 2007, 21 togoleses, entre ele o ministro dos Esportes do país, Richard Attipoe, morreram em uma queda de helicóptero em Serra Leoa, quando viajavam após uma partida da seleção de futebol do país.
Anos depois, antes da disputada Copa Africana de Nações, em janeiro de 2010, um ônibus da seleção de Togo foi metralhado por rebeldes separatistas da região de Cabinda, em Angola, resultando em duas mortes.
No ano passado, em novembro, seis jogadores do Etoile Filante, clube da primeira divisão do país, morreram após um acidente de trânsito sofrido pelo ônibus da equipe, durante viagem para a disputa de uma partida.