Ronaldinho Gaúcho, reforço do Querétaro do México, recebeu insultos racistas de um político local, que o chamou de “macaco” em uma rede social e seu novo clube exigiu um castigo exemplar para o funcionário público.
Carlos Manuel Treviño, ex-secretário de Desenvolvimento Social do município de Querétaro (2006-2009), se incomodou com o trânsito que se gerou perto do estádio La Corregidora, devido à do brasileiro, que aconteceu na sexta-feira no intervalo da partida entre Querétaro e Puebla.
“A discriminação racial é uma grave expressão social que lastima a dignidade das pessoas. Por isso, o Clube Gallos Blancos de Querétaro rejeita determinantemente todas as formas de racismo e discriminação”, disse a direção do clube mediante um comunicado.
“O racismo, a xenofobia, a desigualdade de gênero e outras práticas discriminatórias são uma forma de violência que devemos erradicar como sociedade”, acrescentou o clube.
Na nota se qualificou de “lamentável” a publicação da mensagem de Carlos Manuel Treviño, e se pediu às autoridades “para que cuidem do assunto”, além de exigir “um castigo exemplar” perante tal conduta.
O político, militante do Partido Ação Nacional (PAN) desde o ano de 2000, insultou tanto o ex-jogador do Barcelona como o futebol.
“Tento ser tolerante, mas detesto o futebol e o fenômeno idiotizante que produz. O detesto ainda mais porque o povo estorva e inunda as avenidas para fazer com que se demore duas horas para se chegar em casa, e tudo para ver um macaco, brasileiro, mas macaco ainda. Isto já é um circo ridículo”, escreveu Treviño na sexta-feira passada na rede social Facebook.
Seus comentários geraram reações e após ser questionado por centenas de pessoas, o político apagou sua mensagem, embora esta já tivesse sido reproduzida por diferentes meios de imprensa.
Nas próximas horas se espera a intervenção do Conselho Nacional para Prevenir a Discriminação (Conapred) e a postura da Liga MX do futebol mexicano.