O River Plate vive, nesta semana, o maior pesadelo de sua história. Depois de perder, no sábado, para o Lanús por 2 a 1 em casa e se ver “rebaixado” para a Promoção, uma espécie de repescagem, o clube vive dias de tensão.
Para se salvar do rebaixamento, a equipe terá duas partidas decisivas contra o Belgrano, a primeira delas em Córdoba, na quarta-feira. E, além da salvação, a equipe busca reverter um dos piores momentos de sua história.
Para isso, terá pela frente uma equipe “expert” nesta seletiva, já que, dentre as equipes argentinas, foi a que mais esteve presente (seis vezes, contando esta). “El Pirata” venceu três, sendo duas delas para se manter na primeira divisão e perdeu as outras contra times grandes.
Entretanto, no clube cordobês, o clima é de otimismo – culpa da atual baixa moral do River: “Pelo momento futebolístivo que atravessam, é bem melhor jogar contra eles do que contra Tigre ou Olimpo”, afirmou o gerente de futebol do Belgrano, Armando Pérez.
O otimismo se justifica: o clube chegou a estar na lanterna da B Nacional, mas trocou de treinador e desde então, em 20 partidas, venceu dez e empatou oito, sendo que as duas únicas derrotas foram fora de casa.
Por outro lado, para o River, o hitórico contra o rival desta semana conta a favor. Em 25 partidas, são 18 vitórias, 5 empates e apenas duas derrotas, a última delas em 1995.
Terror à vista – É importante destacar que no Campeonato Argentino, os rebaixados são definidos por um sistema chamado “Promedio”, em que é calculada a média das três últimas temporadas, sendo que o números de pontos conquistados é dividido pelas partidas disputadas.
Desta maneira, como o River Plate se “classificou” para esta disputa, mesmo que escape, terá que fazer uma temporada excelente no próximo campeonato para não ter que, outra vez, disputar a Promocíon. E mais, se cair, deverá ter uma perfomance estupenda para não ser rebaixado outra vez. O fato de que, desde a temporada 1990/91, quando foram implantados os chamados torneios curtos, Apertura e Clausura, em apenas 4 oportunidades, as equipes que subiram se mantiveram na primeira divisão. Ou seja: os Millionarios podem ser vítima do sistema que foi inventado para que os grandes não caissem.
Piadas Xeneizes – Em sua maioria, os rivais não fazem brincadeiras com a situação do River. Isso por que a torcida do Boca Juniors, chamada de “la mitad mas uno” na Argentina, não perdeu tempo e já inunda a internet com brincadeiras.
Uma delas, a mais pesada assim por dizer, mostra um fantasma com uma crina (em referência ao apelido maldoso dado aos Millionarios, Gallinas, ou Galinhas em português) e a letra B. Outra mostra a camisa do clube, com a tradicional faixa vermelha transversal com uma seta apontando para baixo – todas de autoria dos torcedores do Boca.