Juan Román Riquelme declarou nesta segunda-feira que está contente por “voltar para casa” em entrevista coletiva posterior ao seu primeiro treino com o Boca Juniors após sete meses de inatividade.
“Voltei para casa. Estou contente e me sinto muito bem”, disse o meia argentino após o treino, aproveitando para agradecer o presidente do Boca, Daniel Angelici, e o treinador Carlos Bianchi por permitir seu retorno ao clube, assim como os torcedores pelo “grande carinho”.
Riquelme justificou sua decisão de se afastar do clube em julho porque “não sentia forças para jogar”, mas afirmou que mudou de opinião após ver como o Boca perdeu para o River no último clássico entre os dois times mais populares da Argentina.
“Sou torcedor (do Boca) e agi como qualquer torcedor após a derrota para o River, por isso resolvi vestir a camisa de novo e ajudar”.
Riquelme, de 34 anos, disse que está “no fim de sua carreira” e expressou seu desejo de “poder dar mais algum título de presente para a torcida” durante esse ano e meio de contrato fixado com o Boca.
Mesmo assim, não comentou sobre uma data para seu retorno aos gramados, mas deixou essa responsabilidade para Bianchi. “Pode ser 10, 20, 40 dias. O treinador vai me colocar quando achar que eu estou bem”.
Riquelme realizou seu primeiro na manhã desta segunda-feira e deu início a um plano especial de pré-temporada ao lado dos preparadores físicos Juan Manuel Alfano e Julio Santella, visando recuperar o ritmo de jogo o mais rápido possível.Cerca de 700 pessoas se aproximaram das instalações do clube para ver e ovacionar o ídolo.
Durante a entrevista, o jogador se mostrou disposto a continuar no Boca após o término de seu contrato, no fim de 2014, mas disse que será o momento para sentar com o clube e com o treinador para negociar.
O meia, nascido na cidade de Don Torcuato, não joga oficialmente desde 4 de julho, quando o Boca perdeu a final da Taça Libertadores para o Corinthians.
Na ocasião, Riquelme anunciou que deixaria o clube, analisou as propostas de outras equipes e na semana, se ofereceu para retornar ao Boca durante uma conversa telefônica com o treinador Carlos Bianchi.
Sua reincorporação teve algumas resistências, mas o presidente Daniel Angelici disse que se não aceitasse o retorno do jogador, a direção seria muito criticada pela torcida.
