Representado com três atletas no masculino, Ricardo Mello, Feijão e Rogerinho, o tênis brasileiro é uma grande esperança de medalha para o país no Pan-Americano de Guadalajara, que começa neste mês. No entanto, o trabalho não vai ser dos mais simples.

Além de fortes rivais, como Nicolas Mansur, do Chile, o Brasil terá pela frente um adversário natural. Ao menos, foi o que garantiu Ricardo Mello.

“Eu acho que é possível tirar mais de uma medalha no Pan. A gente está indo com três jogadores com condições de conquistar medalhas. Então, é chegar lá com antecedência e fazer uma boa preparação porque o torneio vai ser jogado em altitude com bola sem pressão, condições bem diferentes que a gente está acostumado a jogar”, disse o tenista em entrevista exclusiva ao Portal Virgula.

Muitas vezes deixado em segundo plano por algumas modalidades, o Pan-Americano ainda tem a sua importância para o tênis, pelo menos foi o que garantiu o atleta, número 113 no ranking da Associação dos Tenistas Profissionais (ATP).

“O Pan é importantíssimo para o tênis que hoje vive um momento bom no país. Temos vários torneios aqui, a gente vem novamente conquistando o nosso espaço. Então, eu acho que a gente conquistando uma medalha no Pan-Americano vai ajudar a abrir mais espaço para o tênis aqui no país”, afirmou Mello, que também confia em um bom resultado por parte do tênis feminino.

“Fica difícil comentar sobre as meninas porque na correria durante o ano, a gente nunca está jogando os mesmos torneios, então, eu acompanho muito pouco, mas meninas estão bem assessoradas no momento. Estão treinando com Rodrigo Nascimento que é um ótimo técnico e que está dando uma força para as meninas. Então, acho que elas estão indo com uma dose de confiança extra para lá, é torcer para elas chegarem lá e fazer um bom resultado, porque não uma medalha também”, falou o brasileiro.

Além de falar sobre o Pan-Americano, Ricardo Mello ainda comentou sobre a Copa Davis. Na repescagem contra a Rússia, o brasileiro foi responsável por duas das três derrotas que não recolocaram o Brasil na elite do tênis.

“Cada confronto a equipe está crescendo, amadurecendo, é uma equipe nova, eu acho que a gente teve muito perto de passar para o grupo mundial, tivemos dois match points, então faltou só um pontinho para a gente classificar contra a Rússia que é uma potência no tênis, fortíssima. Foi realmente uma pena, a gente merecia uma vitória lá, a gente fez tudo que pode, mas tenho certeza que novas oportunidades virão e o mais importante é a gente estar preparado para aproveitá-las”, completou.


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Ricardo Mello alerta sobre altitude de Guadalajara, mas confia em medalha no Pan