São Paulo e Palmeiras travam a partir desta quarta-feira (18) o duelo nacional que vale vaga às quartas-de-final da Copa Libertadores da América.
Teoricamente os rivais entrariam como favoritos nesta fase da competição se enfrentassem equipes de outros países, salvos os argentinos, que se equiparam com os brasileiros, mas na combinação de confrontos, o clássico, digno de uma finalíssima, foi antecipado para a primeira fase de mata-mata.
"Clássico não há favoritos e vencerá quem estiver mais ajustado em campo nos dois jogos e acredito que o São Paulo está bem preparado para este grande combate", diz Lugano, mostrando respeito ao adversário.
Mas o Tricolor deve se animar com o retrospecto da equipe em Libertadores contra equipes brasileiras. O time do Morumbi nunca foi eliminado por rivais daqui por esta competição. Desde 1978, quando se iniciou o sistema de eliminação direta (mata-matas) entre equipes, o São Paulo encontrou três brasileiros em seu caminho e eliminou os três.
Em 1992, pelas quartas-de-final, O Criciúma foi o adversário a ser batido pelo Tricolor. Com uma vitória no Morumbi (1×0) e empate em Santa Catarina, o time, à época comandado por Telê Santana, passou para as semifinais.
No ano seguinte a ‘vítima’ foi o Flamengo. Novo empate fora (1×1) e vitória no Morumbi (2×0) levaram o São Paulo as semifinais novamente.
Em 1994 o rival atual. Disputando a mesma fase da de hoje, as oitavas, São Paulo e Palmeiras travaram dois duelos inesquecíveis. No primeiro jogo um empate (0x0) no Pacaembu levou a decisão para o Morumbi. E mais uma vez o time Tricolor foi superior em seu estádio e mandou os palmeirenses para fora da competição com uma vitória por 2 a 1.
O Palmeiras, aliás, já tinha sido adversário do Tricolor em Libertadores, mas na primeira fase, com divisão de grupos sem eliminação direta. Mesmo assim o Tricolor venceu. A primeira por 2 a 0 no Morumbi e a segunda por 2 a 1 no Palestra Itália.
O retrospecto é bom, anima, mas não ganha jogo. É o recado de Paulo Autuori, comandante Tricolor e que já foi campeão da Libertadores com o Cruzeiro, em 1997. "Só acredito em favoritismo e retrospecto quando a bola está rolando. É no campo que se mostra quem está melhor", avisa.