Na segunda partida após a volta do técnico Luiz Felipe Scolari, a seleção brasileira viveu dois tempos distintos no amistoso contra a Itália, em Genebra, e chegou a abrir 2 a 0 nos primeiros 45 minutos, mas sofreu o empate em 2 a 2 na etapa final e manteve o jejum de vitória contra as chamadas grandes.

Com o resultado no Stade de Genève, o Brasil continua sem vencer neste retorno de Felipão, que estreou com uma derrota para a Inglaterra e fevereiro, e não derruba uma campeã mundial desde junho de 2009. Na Copa das Confederações desse ano, a seleção bateu justamente a Itália por 3 a 0 na primeira fase.

Fred e Oscar aproveitaram os bons 15 minutos finais do time pentacampeão na primeira etapa para fazer 2 a 0 antes do intervalo. Contudo, em 11 minutos, De Rossi e Balotelli igualaram o placar. A seleção ao menos impediu que o adversário quebrasse um jejum de 30 anos sem vencê-la.

Brasileiros e italianos já têm data e local para se reencontrar, em 22 de junho, em Salvador, justamente pela Copa das Confederações. O próximo compromisso da equipe de Scolari está marcado para a próxima segunda-feira, no jogo contra a Rússia, em Londres. Por sua vez, a ‘Azzurra’ medirá forças com Malta, um dia depois, na cidade de Ta’Qali, pelas Eliminatórias para a Copa do Mundo do ano que vem.

Felipão teve que lidar com os desfalques para montar a equipe. Já com a lista pronta, teve que fazer quatro cortes por lesão: o zagueiro Dedé, os volantes Paulinho e Ramires e o meia Lucas.

Assim, o treinador apostou em um trio de meio-campistas com Fernando e Hernanes mais recuados e Oscar adiantado, encostado nos três atacantes. Recuperado de lesão, o zagueiro Thiago Silva ficou no banco, assim como o meia Kaká, por opção técnica.

Na Itália, Cesare Prandelli teve uma baixa de última hora, a do meia Marchisio, que deu lugar a Giaccherini. Maggio levou a melhor na disputa com Abate por um lugar na lateral direita, e El Shaarawy ficou no banco, entrando apenas no segundo tempo, com Osvaldo formando a dupla de ataque com Balotelli na etapa inicial.

O jogo começou movimentado, e logo com cinco minutos três lances de perigo já haviam
acontecido, dois deles a favor da Itália. Giaccherini chutou de fora com um minuto, e Balotelli pegou de primeira aos cinco, ambos parando em Julio César. Neymar também arriscou de longe e Buffon espalmou para o lado.

A Itália atacava um pouco mais, e Balotelli por pouco não abriu o placar aos 13. O atacante do Milan avançou com certa liberdade pela direita e bateu rasteiro. A bola desviou em David Luiz e raspou a trave esquerda.

A seleção brasileira levou novo susto sete minutos depois, desta vez com Maggio. O lateral foi lançado e já dentro da área conseguiu dominar, mas Julio César saiu bem do gol e evitou a conclusão do atleta do Napoli.

O ritmo da partida por alguns minutos, e uma nova boa jogada aconteceu apenas aos 30 minutos. Hulk puxou contra-ataque pela esquerda e rolou para Fred, que acionou Oscar na direita. O camisa dez foi ao fundo e bateu cruzado para a pequena, mas ninguém apareceu ára completar.

Dois minutos depois, porém, o centroavante da seleção estava no lugar certo para empurrar para a rede. Filipe Luis levantou da esquerda e De Rossi ainda desviou, mas, sozinho, Fred arrematou de primeira na segunda trave e superou Buffon.

Em um vacilo de Fernando, a ‘Azzurra’ esteve perto do empate aos 37. O volante errou passe na intermediária de defesa e ligou o contra-ataque italiano. Balotelli aproveitou e soltou uma bomba para outra grande intervenção de Julio César.

O Brasil soube resistir a um início de pressão adversária e, em um “contra-ataque modelo”, muito bem encaixado, aumentou a vantagem, aos 41 minutos.

A equipe de Scolari voltou do intervalo atacando, mas a defesa bobeou e permitiu que a Itália empatasse em 11 minutos. O primeiro gol da seleção europeia aconteceu aos oito, quando De Rossi aproveitou cobrança de escanteio da esquerda, se antecipou à marcação e tocou com o bico da chuteira no canto esquerdo.

Três minutos depois, Balotelli foi acionado na livre na intermediária, teve tempo e espaço para ajeitar e chutou no ângulo de Julio César, que nada pôde fazer

O terceiro do Brasil poderia ter acontecido logo na sequência, aos 13, mas Hulk falhou feio. Neymar puxou o contragolpe e serviu o camisa 7, que, de frente para Buffon, pisou bisonhamente na bola.

A partida era movimentada, e a resposta da ‘Azzurra’ não demorou a acontecer. Aos 18, Montolivo tentou de longe e, após o desvio, Balotelli ficou cara a cara com Julio César, que salvou novamente. Quatro minutos depois, Bonucci subiu mais alto que a zaga brasileira depois do escanteio e cabeceou tirando tinta da trave.

Os dois técnicos mexeram bastante nas equipes, mas foram os italianos que continuaram atacando mais, embora já não com o mesmo ímpeto. Aos 30 minutos, Cerci tocou para Balotelli, e Dante teve que se jogar para bloquear a finalização do atacante.

A partir daí, a seleção até atacou mais, mas em nenhum momento levou grande ameaça a Buffon. O último bom momento ainda foi da atual vice-campeã eueropeia, em tabela de El Shaarawy com Antonelli, aos 37, mas a tentativa do ‘Faraó’ foi invalidada pela arbitragem, que assinalou impedimento.

Ficha técnica:

Brasil: Julio César, Daniel Alves, Dante, David Luiz e Filipe Luis (Marcelo); Fernando, Hernanes (Luis Gustavo) e Oscar (Kaká); Hulk (Jean), Neymar e Fred (Diego Costa). Técnico: Luiz Felipe Scolari.

Itália: Buffon; Maggio, Bonucci, Barzagli e De Sciglio (Antonelli); De Rossi (Diamanti), Pirlo (Cerci), Giaccherini (Poli) e Montolivo; Balotelli (Gilardino) e Osvaldo (El Shaarawy). Técnico: Cesare Prandelli.

Árbitro: Stephan Studer (Suíça), auxiliado por seus compatriotas Jean-Yves Wicht e Sandro Pozzi.

Cartões amarelos: Fred, Hernanes e Filipe Luis (Brasil); Maggio e Poli (Itália).

Gols: Fred e Oscar (Brasil); De Rossi e Balotelli (Itália).

Estádio: Stade de Genève, em Genebra (Suíça).


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Rendimento cai no 2º tempo, e seleção permite empate da Itália: 2 a 2

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