O Comitê Organizador Local (LOC) do Mundial encontrou uma fórmula para desviar atenção a cada nova violação às medidas de segurança: “fale com a Polícia.
Com essa frase, o LOC transfere a responsabilidade dos roubos que já se balizaram no campeonato. Uma das vítimas recentes foi o ex-jogador argentino Gabriel Batistuta, que teve dinheiro e alguns pertences furtados do interior de seu quarto no hotel, o mesmo onde está a cúpula da Fifa, o Michelangelo.
Além de “Batistuta”, os ladrões já roubaram jornalistas (portugueses, espanhóis, neozelandeses, chineses).
Ao invés de melhorar conforme avança o Mundial, o plano de segurança da África do Sul 2010 vai ganhando evidência.
“Fale com a Polícia”. Essa mesma resposta foi dada hoje aos meios de comunicação quando perguntaram ao porta-voz do LOC, Jermane Craig, sobre o incidente de ontem após a partida entre Inglaterra e Argélia na Cidade do Cabo.
Um torcedor inglês burlou a segurança, entrou no vestuário da equipe inglesa e discutiu com David Beckham.
A Polícia demorou “alguns segundos” para tirá-lo dali, assegura Craig, “e os jogadores não correram risco algum”.
Um porta-voz da Polícia detalhou que o homem foi libertado sem ser interrogado. A investigação foi centralizada nos guardas que deveriam ter interceptado o intruso.
A Federação Inglesa apresentou um protesto oficial na Fifa pelo incidente, alegando que é “inaceitável apesar de, felizmente, não ter ocorrido nada sério”, segundo um porta-voz.
Desde que a África do Sul recebeu em 2004 a incumbência da Fifa de organizar o primeiro Mundial africano, a segurança foi o maior motivo de preocupação, por conta dos elevados índices de criminalidade na África do Sul.
