O tenista suíço Roger Federer, que se encontra na terceira posição do ranking da ATP, afirmou neste sábado (25) que segue sonhando em recuperar o posto de número 1 que possuiu durante 302 semanas e, para isso, pretende somar pontos nos saibros de Roland Garros, torneio que começa a ser disputado amanhã.
“Não digo que vou voltar a ser o número 1, mas não escondo que essa é a minha ambição”, declarou o tenista suíço em uma entrevista publicada neste sábado pelo jornal francês L’Équipe.
Federer chega ao Grand Slam de Paris sem ter alcançados resultados expressivos neste ano, algo que não lhe preocupa porque faz parte de seu programa de preparação. “Em geral, não necessito de muito tempo para que meu jogo volte ao lugar”, comentou o tenista, que costuma dar pausas no calendário para “descansar, tomar um ar e voltar mais forte”.
Apesar de estar perto dos 32 de idade e de muitos falarem que sua glória no tênis esteja acabando pouco a pouco, seus resultados provam que não. Isso porque, no último ano, ele ganhou em Wimbledon seu 17º título de Grand Slam. Além disso, conquistou os Masters 1000 de Indian Wells, Madri e Cincinnati, assim como vários torneios de menor expressão e a medalha de prata dos Jogos Olímpicos de Londres.
“O que marca a diferença entre um jogador mais velho e um mais jovem frequentemente é a motivação. Com os anos vão aparecendo novas distrações que desestabilizam os esportistas”, afirmou Federer.
“Sinceramente, estou satisfeito com o nível de tênis que tenho na minha idade. Me parece que está muito bom”, completou.
Questionado se o físico não poderia fazer diferença em relação a adversários mais novos, como o espanhol Rafael Nadal, de 26 anos, e o sérvio Novak Djokovic, de 25 e número um do mundo, Federer não pareceu inseguro.
“Diria que atualmente estou muito forte, se não no auge da minha carreira. Meu corpo se acostumou a produzir o esforço exigido, o que torna as coisas muito mais fáceis do que eram no princípio”, respondeu Federer antes começar a jornada em direção ao seu 18º Grand Slam.