O presidente da Agência Mundial Antidoping (Wada), John Fahey, revelou nesta quarta-feira que o órgão já trabalha de olho nos Jogos Olímpicos do Rio 2016, contando com a colaboração das autoridades brasileiras.

“Trabalhamos de forma estreita com o Governo. Estamos estabelecendo uma agência nacional, com laboratório”, disse Fahey, em entrevista coletiva realizada em Londres.

O australiano ainda negou que haja preocupação pelo financiamento do órgão devido a crise econômica. Segundo Fahey, a Wada recebeu verbas de diversos países, o que, segundo ele, mostra o forte apoio ao combate ao doping.

“Me emocionou ver como a Grécia contribuiu. Sempre buscamos distintas fontes de financiamento à parte dos Governos. Vamos trabalhar com os fundos que dispomos”, explicou.

Fahey admitiu que com maior financiamento o combate ao doping seria “mais eficaz”, mas que preocupa o fato de alguns países terem poucos fundos disponíveis.

O presidente da Wada afirmou que espera aumentar a colaboração já existente com o setor farmacêutico e a Interpol. “Tínhamos cerca de 70 organizações antidoping pelo mundo e quase 120 países trocando informações. Se há suspeita, transmitimos a informação”, explicou.

Fahey concordou ainda com a iniciativa do COI de voltar a analisar as amostras dos Jogos de Atenas 2004. “O hormônio CERA entrou no mercado poucas semanas antes que começasse Pequim 2008. Ali não foi possível detectar a droga, mas depois confirmaram que houve atletas que a usaram, como o ganhador dos 1.500 metros (o bareinita Rashid Ramzi). 


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Presidente da Wada revela trabalho "estreito" com Governo brasileiro

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