O Corinthians conquistou, pela quinta vez na história, a Copa São Paulo de Juniores. Presente melhor aos torcedores, só mesmo vencendo um grande clube paulista, o rival cujo nome homenageia a aniversariante do dia: São Paulo. Semelhante à situação de cinqüenta anos atrás, quando o Timão conquistava o título de campeão paulista, em pleno 4º Centenário do nosso município, em cima do Palmeiras. E a festa saiu de graça. Confundiu-se com as diversas comemorações espalhadas pela cidade, em comemoração aos 450 da terceira maior metrópole do mundo.
Grátis? Pensando melhor, muito bem paga. Afinal, estamos falando dos mesmos corinthianos que freqüentam os estádios no Campeonato Paulista e que, portanto, pagam o mínimo de vinte reais para assistir a uma partida. Isso porque o futebol é considerado esporte do povão. Imagine se fosse da elite! Aliás, aproveitando o embalo das reivindicações, impossível não falar do Pacaembu. O gramado estava cheio de falhas, longe do ideal. Explico: não houve tempo hábil para deixá-lo em boas condições. Para quem não sabe, um grande show de rock tomou conta do estádio um final de semana antes à final da Copinha. No entanto, espetáculo de verdade aconteceu ontem. Os Iron Boys, tanto de um lado, como de outro, demonstraram raça e amor à camisa que vestiam.
Outro presente, desta vez de grego, foi dado a todos os brasileiros, não apenas aos paulistanos. Nossa Seleção Sub-23 conseguiu o inesperado – estamos fora das Olimpíadas de Atenas. Há quem concorde com técnico da equipe, que assumiu a responsabilidade pelo fiasco. Porém, apesar de Ricardo Gomes carregar grande parcela de culpa, um elenco com tantos craques jamais poderia nos deixar fora de um torneio importante como este. Lastimável ver que nem o talento individual foi suficiente diante dos paraguaios. Faltou espírito de vitória, faltou união, e acima de tudo, faltou coração na ponta da chuteira.
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