O pólo aquático fez o seu papel. Na chegada à República Dominicana, tanto Marisa Roriz, chefe da equipe feminina, quanto Ricardo Cabral, chefe da masculina, queriam levar medalhas dos Jogos Pan-Americanos de Santo Domingo: o bronze era a meta das meninas e chegar à decisão contra os Estados Unidos era o objetivo dos homens. Deu tudo certo.
"Atingimos o nosso objetivo. Desde o começo da preparação, sabíamos que nosso campeonato era contra o Canadá, para ver quem jogaria a final contra os Estados Unidos. Antes do Mundial de Barcelona, no mês passado, fechamos o grupo e vimos que tínhamos de vencer o Canadá três vezes: uma na Espanha, para ficar à frente deles, e duas aqui, na fase de classificação e na semifinal. E conseguimos", resumiu Cabral.
No feminino, a briga era para subir no pódio. Marisa lembra que a equipe passa por um processo de renovação e que a base da seleção é bastante jovem. "Sabíamos que a nossa briga era pelo bronze, queríamos igualar o resultado de Winnipeg, pois estar no pódio era importante demais para o nosso esporte. Estamos começando um trabalho de renovação e já tivemos resultado aqui em Santo Domingo. Somente três atletas que estiveram no Canadá estavam aqui e isso faz com que a gente fique otimista com relação ao futuro. Se fizemos um trabalho contínuo nos próximos quatro anos, acho que podemos pensar em um vôo bem mais alto no Pan do Rio, em 2007", comentou.
O pólo aquático feminino tem ainda uma chance de conquistar a vaga para as Olimpíadas de Atenas-2004: em janeiro, na piscina que será montada na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro. Já o masculino, além da competição no Brasil, espera ainda pelo resultado final da Liga Mundial. Isso porque, caso os Estados Unidos conquistem a competição, os brasileiros entram com a vaga do continente, uma vez que o indicado seria o segundo melhor das Américas no último Campeonato Mundial, disputado em julho, em Barcelona. Como o Brasil venceu o Canadá (na prorrogação, por 6 a 5), a vaga seria verde-amarela.
