O diário “Jornal de Notícias”, publicado no Porto, segunda maior cidade de Portugal, revelou nesta quarta-feira que as autoridades do país abortaram um suposto atentado terrorista planejado por radicais islâmicos durante a Eurocopa de 2004, que foi disputada naquele país. Segundo o periódico, o serviço secreto português foi alertado por uma unidade antiterrorista da Holanda sobre o possível ataque.
As autoridades agiram rápido e prenderam cerca de 20 cidadãos de origem marroquina, que planejavam atacar um estádio e um jantar oficial oferecido por José Manuel Durão Barroso, então primeiro-ministro e agora presidente da Comissão Europeia, braço da União Europeia. O jornal, cujas informações não foram comentadas oficialmente, afirma que os presos foram interrogados em 10 de junho de 2004, antes da abertura da Eurocopa, que teve a surpreendente Grécia como campeã.
No entanto, como não havia provas suficientes, os acusados foram deportados ao Marrocos e à Holanda. A polícia portuguesa, que vigiava o grupo e interceptou mensagens e veículos suspeitos, acreditava que seu objetivo era atacar com carros-bomba o estádio do Porto e a histórica Alfândega da cidade, onde Durão Barroso ofereceu um jantar na véspera da abertura do torneio europeu.