O fim de semana que passou deixou torcedores do Brasil inteiro com o coração na mão e os nervos a flor da pele. Foram simplesmente três dos mais importantes campeonatos regionais em que o vencedor só foi decidido depois de cobranças de pênaltis. No Rio Grande do Sul, o Inter levou a melhor sobre o Grêmio. Em São Paulo, Palmeiras sucumbiu ao Corinthians e no Rio de Janeiro foi o Vasco caiu diante do campeão Flamengo.

Em decisões como essa, é natural que se construam heróis e se escolham vilões. Se no Gre-Nal, Borges isolou logo a primeira cobrança da série e ganhou o descontentamento dos gremistas, no Paulistão, Júlio César foi um dos mais festejado por ter defendido o pênalti batido por João Vitor, do Palmeiras. No Rio, em compensação, a torcida vascaína pode escolher com quem reclamar. Bernardo, Fellipe Bastos e Elton sequer acertaram o gol do goleiro Felipe.  

Para não deixar os louros ou as pedras apenas para os protagonistas da rodada do último fim de semana, o Portal Virgula decidiu relembrar alguns craques – outros nem tanto – que passaram pela dor ou pela glória de se destacar em cobranças de pênaltis. Afinal, sorte ou competência? Esses caras devem saber o que vale mais…

Heróis

Taffarel – Pode completar você mesmo a frase: “Sai que é sua…”. O bordão famoso de Galvão Bueno existe exatamente por conta de uma das especialidades de Claudio Taffarel: pegar pênaltis. Com ele, o Brasil foi campeão em 94 contra a Itália e eliminou a Holanda em 98.

Fabio Grosso – O lateral-esquerdo da Itália entrou para a história do futebol internacional. Ele foi o último jogador italiano a converter o pênalti e garantir o título mundial ao seu país depois de um empate em 1 a 1 no tempo normal contra a França, de Zidane. 

Zetti – Em cobranças de pênaltis, o goleiro tem mais chance de sair como herói. Zetti sabe disso. Em 1992, o eterno ídolo Tricolor garantiu o título da Libertadores para sua equipe ao defender o último pênalti cobrado por Gamboa e fazendo o São Paulo faturar a sua primeira Libertadores.

Marcos – Os palmeirenses (e os corintianos também) nunca esquecerão de Marcos Roberto Silveira dos Reis. Não foi a única vez que Marcos se destacou neste tipo de decisão, mas o momento mais lembrado ocorreu na Libertadores de 2000. Naquele ano, frente a frente com Marcelinho Carioca, especialista em bolas paradas, deu Marcos.

Julio Cesar – O ótimo goleiro da seleção brasileira foi decisivo na final da Copa América de 2004, contra o nosso arquirrival, a Argentina. A partida foi para os pênaltis após um empate de 2 a 2 no tempo regulamentar. Logo na primeira cobrança, Julio voou para defender o chute de D’Alessandro. Ao final, 4 a 2 para o Brasil.

Vilões

Marcelinho Carioca – Se Marcos foi herói de um lado, o vilão do outro foi Marcelinho. Quando o meia foi cobrar a última penalidade, todos os outros já haviam convertido. Sendo sua especialidade, era quase uma obrigação fazer o gol. Não fez e o Corinthians foi eliminado novamente pelo Palmeiras na semifinal da Libertadores.

Roberto Baggio – A grande carreira do italiano tem uma mancha. Foi dos pés de Roberto Baggio que se encerraram as chances de a Itália ser tetracampeã em 1994. O atacante italiano isolou a bola por cima do travessão de Taffarel.

Edmundo – O ídolo vascaíno e palmeirense não tinha sorte em decisões de pênaltis. Para pegar apenas um exemplo, vale lembrar a final do primeiro mundial de clubes organizado pela Fifa, em 2000. Frente a frente com Dida, Edmundo chutou à esquerda do goleiro e também da trave, fazendo o Vasco perder a final para o Corinthians. 

Zico – Um dos maiores craques do mundo também tem uma mancha em seu currículo. Apesar de não comprometer nas cobranças alternadas após o tempo regulamentar contra a França de Platini, em 86, Zico teve a chance de decidir para o Brasil, numa cobrança de pênalti quando o jogo estava 1 a 1. Entretanto, o Galinho não marcou e o Brasil acabou eliminado nas penalidades.

Palhinha – O São Paulo poderia fazer história e conquistar três Libertadores consecutivas em 1994, mas não deu. E muitos creditam esse fato ao atacante Palhinha. Depois da vitória tricolor por 1 a 0 em pleno Morumbi, foi Palhinha quem perdeu o pênalti que definiu o time argentino como campeão do maior torneio da América Latina.


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Portal Virgula relembra heróis e vilões que decidiram jogos em penalidades