Nem Ronaldo nem Kaká. No primeiro passo da Seleção Brasileira rumo ao hexa, o fenômeno foi o tetracampeão Carlos Alberto Parreira. O técnico, que mostrou segurança na escalação, marcou um golaço ao iniciar a partida com os veteranos, sem esquecer a garotada, aproveitada no segundo tempo. Só não foi perfeito por tirar Alex e deixar Rivaldo. Parreira também tem méritos no entrosamento da equipe, queixa da maioria dos profissionais que dirigem a seleção. Conseguiu unir jogadores experientes e novatos, dentro e fora das quatro linhas: o clima é de harmonia. Novatos que não escondem admiração pelos ídolos, com os quais podem tocar a bola. Tietagem à parte, fato é que os meninos mostraram bom futebol. Em especial, Kaká. E não só por ter marcado o gol da vitória logo em seu primeiro toque na bola prateada (aliás, belíssimo chute, com efeito, sem chances para o goleiro Córdoba), mas principalmente por sua perseverança, técnica e vontade de vencer, características de um atleta de qualidade. Serviu de resposta a alguns torcedores do tricolor paulista que não pareciam satisfeitos com o jovem craque. Azar deles, sorte dos italianos. Mas não posso esquecer de Ronaldo, que fez o primeiro gol, participou do segundo e jogou como na época em que foi contemplado com um apelido que a ele serviu como uma luva – ou chuteira, para os mais detalhistas: fenômeno. E, para não ser injusta, darei o espaço merecido a Diego. Algumas pessoas podem até dizer que o jogador não teve muito tempo para brilhar em campo, e eu posso até concordar. É inegável, porém, que foi tempo suficiente para justificar a fama de “cai-cai”.

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Ponto do Parreira