O ministro de Turismo da África do Sul, Marthinus van Schalkwyk, disse que a Fifa deveria aprender lições sobre a organização de Copas do Mundo em países em desenvolvimento.

Ele criticou abertamente a política da Fifa de venda de ingressos e de alojamento de jogadores em Mundiais.

Van Schalkwyk explicou que só se tinha vendido um quarto dos 44 mil ingressos da Copa da África do Sul reservados a países africanos diferentes dos anfitriões.

Citado hoje pelo diário “The Star”, o ministro disse haver duas razões para isso: “os portais de distribuição pela internet e os preços inacessíveis”.

“Os africanos não compram ingressos pela internet”, disse Van Schalkwyk, que explicou não se tratar apenas de uma questão cultural, mas de acesso à rede. Esta é uma crítica que já foi feita diversas vezes à Fifa.

A compra de ingressos disparou na África do Sul desde que começou a quinta fase de venda ao público, que permite adquiri-las diretamente nos guichês.

No entanto, mesmo os preços dos ingressos mais baratos continuam sendo muito altos a milhões de sul-africanos.

Segundo o jornal, trata-se da primeira vez que um ministro critica abertamente políticas da Fifa, já que foi o Governo sul-africano o principal promotor do empenho em organizar o Mundial.

Van Schalkwyk também criticou a política da Fifa de reservar quartos por meio da companhia Match, empresa que a imprensa sul-africana vinculou à família do presidente da Fifa, Joseph Blatter.

Segundo o ministro, a política da Fifa e da Match de reservar mais quartos do que o necessário é injusta com os proprietários de pequenos estabelecimentos.


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Políticas da Fifa para Copa de 2010 são críticadas por ministro sul-africano

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