Responsável pela denúncia de que Orlando Silva, ministro do Esporte, era um dos beneficiados por um esquema de desvio de verbas destinadas pela pasta, através do programa Segundo Tempo, a organizações não-governamentais, o policial militar João Dias Ferreira retornou nesta segunda-feira à Polícia Federal, para um novo depoimento, em que deveria apresentar as provas da acusação que fez, e que colocou o ministro, filiado ao PCdoB, na “corda bamba” durante a semana.

João Dias chegou ao prédio da PF com 13 áudios de conversas dele como funcionários da pasta, mas explicou que nenhuma das gravações traz a voz de Orlando Silva ou de seu antecessor, Agnelo Queiroz, atual governador do Distrito Federal. Ainda assim, ele crê que os áudios, especialmente um deles, adiantado neste final de semana, serve como prova das denúncias.

Na gravação, o policial militar se reúne com funcionários que o ensinam a fraudar os contratos sem que as irregularidades sejam descobertas pelo Ministério Público. Isso ocorreu durante encontro no prédio do Ministério do Esporte e, como explicou João Dias, a reunião ocorreu no 7º andar, reservado à secretaria-executiva, e envolveu a cúpula da pasta.

Após citar nominalmente sete ONGs que fecharam contratos irregulares com o ministério, ele classificou como “natural que a minha defesa se baseie no pessoal com quem eu sempre tive contato”, razão pela qual as vozes são, em sua maioria, de técnicos e de pessoas ligadas à parte jurídica do Ministério do Esporte ou ao PCdoB.


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Policial nega ter provas contra Orlando Silva

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