A final da última Liga dos Campeões, em que o Barcelona derrotou o Manchester United por 3 a 1, em maio, e se sagrou tetracampeão europeu, foi apontada neste domingo pelo presidente da Uefa, Michel Platini, o grande momento do futebol mundial em 2011.
“O ano de 2011 ficará na memória como um ano em que assistimos a excepcionais momentos do futebol. Foram tantos que seria complicado mencionar todos, desde as provas menores às maiores. Ainda assim, se tivesse de escolher um momento do ano, seria a excepcional final da Liga dos Campeões, em Wembley”, considerou Platini em sua carta de Natal, publicada no site da Uefa.
O ano também ficou marcado por diversos problemas de resultados combinados por toda a Europa. Foram confirmados casos de partidas arranjadas na Itália, na Turquia, na Croácia e em vários outros países. Até um jogo válido pela Liga dos Campeões, em que o Lyon venceu o Dínamo Zagreb por 7 a 1 fora de casa, levantou suspeitas, embora nada tenha sido provado.
Sobre o assunto, Platini preferiu não falar abertamente, mas se mostrou atento à situação e exaltou sua própria função de líder da entidade que rege o futebol no continente.
“Vi sempre a minha responsabilidade como sendo a de proteger o jogo, e 2011 se revelou um ano em que o futebol precisou ser especialmente protegido. Foi um ano que sublinhou a importância do nosso organismo como preservador dos valores, da estabilidade e da equidade deste desporto”, lembrou.
Quanto a 2012, a grande expectativa em todo o mundo é pela Eurocopa. Platini acredita que o torneio será um sucesso, apesar dos atrasos nas obras e dos problemas de infraestruturas na Ucrânia, sede do evento junto com a Polônia.
“A fase final do Euro, na Polônia e na Ucrânia, significará colocar em prática anos de esforços, coroados por um torneio que promete ser único”, destacou o dirigente, que espera muito do ano também fora de campo.
“Mas será também um ano em que espero que entremos numa nova era do futebol de clubes, graças ao fair play financeiro, apoiado por todos e que é um símbolo da nossa união e da capacidade de assumirmos, em conjunto, as nossas responsabilidades em relação à preservação da modalidade”, acrescentou Platini, em referência à medida que obrigará os clubes a terem as finanças equilibradas.