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Em 1993, o atacante Edmundo era o ídolo da torcida do Palmeiras. Recém-contratado pelo Vasco, é o grande reforço do clube para a temporada 2008. E o "Animal" não está sozinho: alguns jogadores que surgiram ou já eram notícia há 15 anos continuam adiando a aposentadoria e desfilando pelos campos Brasil afora.

Muito se fala sobre a escassez de bons jogadores no futebol brasileiro. A reclamação é geral: qualquer atleta que se destaque nos campos tupiniquins logo é vendido para clubes do exterior. Talvez por isso, os veteranos continuam tendo espaço, seja em clubes grandes, seja nas equipes do interior ou da segunda e terceira divisões.

O atacante <b>Túlio Maravilha</b>, campeão brasileiro com o Botafogo em 1995, já chamava atenção no Goiás, onde jogou no início dos anos 90. Hoje, o jogador corre atrás dos mil gols e veste a camisa do Vila Nova (GO). Em 2007, foi o artilheiro da Série C do Brasileirão (27 gols).

Outro que continua dando o que falar é <b>Romário</b>. Em 1993, o Baixinho arrebentava no Barcelona e era convocado para a seleção brasileira. Quinze anos depois, é o técnico do Vasco, chegou aos mil gols na carreira e ainda não se aposentou da função de atacante, apesar de cada vez mais ficar de fora das partidas.

<b>Vampeta e Dida</b> se destacavam no Vitória (BA) há 15 anos atrás. Hoje, o volante veste a camisa do Juventus (SP) e disputou o último Brasileirão pelo Corinthians. Já o goleiro continua no Milan, da Itália. Assim como Vampeta, outros veteranos apelam para clubes de menor expressão do futebol paulista para continuarem suas carreiras. O atacante <b>Alessandro Cambalhota</b>, ex-Santos, está no modesto Guaratinguetá. O campeão mundial pelo São Paulo em 1993, <b>Elivelton</b>, defende as cores da Francana e o volante <b>Galeano</b> – que ganhou títulos, como a Libertadores, no Palmeiras – é a estrela do Sertãozinho.

Alguns craques que fizeram parte da histórica conquista da Copa do Mundo de 1994, nos Estados Unidos, continuam em ação: o lateral-direito <b>Cafu</b> é reserva no italiano Milan, assim como o atacante <b>Ronaldo</b>. Outro goleador, <b>Viola</b>, disputa o Campeonato Carioca pelo Duque de Caxias neste ano.

Quando se fala da falta de alternância nos cargos políticos, usa-se a frase “o poder vicia”. A mesma máxima pode ser colocada para a interminável carreira de alguns atletas. Você se lembra do volante <b>Válber</b>, campeão do mundo com o São Paulo em 1992 e 93? Pois o jogador, no alto de seus 41 anos, não desiste e continua jogando; neste ano, é volante do América-RJ.

Mesmo o melhor jogador dos dois últimos campeonatos nacionais, segundo a CBF, já era notícia 15 anos atrás. Antes de ser o líder do São Paulo, <b>Rogério Ceni</b> foi reserva de Zetti (titular) e Gilmar (segundo goleiro) nas conquistas são-paulinas nos anos de 92 e 93.

Alguns atletas menos populares continuam sua saga nos campos brasileiros. O goleiro <b>Pitarelli</b>, que se destacou no Guarani no início dos anos 90, hoje defende a meta do Rio Preto (SP). O lateral <b>Zé Maria</b> voltou à Portuguesa, o zagueiro <b>César</b> – ex-Lusa, Corinthians e Palmeiras – está na Ponte Preta e o atacante <b>Christian</b>, ex-Internacional, Grêmio, Corinthians e São Paulo, está ao lado de Zé Maria na Portuguesa.


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Personagens do futebol são os mesmos de 15 anos atrás

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