O resultado não foi o esperado do lado da torcida da casa no 0 a 0 entre Brasil e México, e o mesmo pode ser dito pelos visitantes. A reportagem do Virgula, quer foi até Fortaleza, local da partida da segunda rodada da Copa do Mundo, flagrou (se é que pode usar esta palavra para o que falaremos a seguir) torcedores mexicanos (que são muito espalhafatosos) ávidos por uma vitória da Tri. E muito esperançosos.
A pergunta era simples, e feita para dezenas de grupinhos de centro-americanos entre as cerca de 30 mil pessoas que foram à Fan Fest da capital cearense?
“Quanto vai ser o jogo? – Dois a um México!” foi o diálogo mais frequente.
Vários também relataram as dificuldades na longa viagem – da capital mexicana à Fortaleza são cerca de 7,5 mil km de distância.
“Se o Brasil não foi rival, ninguém mais será”, disse um entusiasta mexicano, Samir Cupul. Extasiado pelo empate e pela excelente atuação de seu goleiro, Guillermo Ochoa, que fez pelo menos três defesas dificílimas. De tão feliz, Samir, que estava com o irmão, Beto, no momento em que a reportagem se virou, foi atrás de garotas que passaram no mesmo momento e pareceram interessadas.
“Aqui é tudo muito caro, as passagens foram caríssimas. Mas estou feliz de estar aqui”, falou a jovem Melissa Gutiérrez, que mora na Califórnia, mas está no Brasil acompanhada do pai, Francisco, ambos felicíssimos com a partida, o resultado, o local, a torcida e tudo o mais.
Nem os amigos Javier González e Manuel Vásquez (“Se escreve igual àquele meia que deu trabalho pro Brasil hoje”, disse o rapaz, de forma muito correta), não deixaram a dificuldade tomar conta da alegria de estar no país do futebol. Os dois contaram que sofreram muito, já que vieram de avião da capital mexicana, com escalas no Peru, em Buenos Aires e São Paulo, além dos preços altíssimos “de tudo”.
Ao iniciarem mais reclamações, Javier e Manuel foram interrompidos pelas colegas Viridiana Siordia e Valeria Baeza (foto acima), que curtiam a festa com eles. As mexicanas, que não economizaram os sorrisos, concordaram com os rapazes, mas disseram já estar acostumadas, já que residem em São Paulo há alguns meses, pois estudam na USP.
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