O ex-presidente do Real Madrid Ramón Calderón declarou nesta quinta-feira que a contratação de Kaká pela atual diretoria foi feita apenas para que o atual presidente, Florentino Pérez, se dissesse melhor que os outros dirigentes que já passaram pelo clube.
“Kaká foi contratado por rancor e obsessão, para que ele demonstrasse que conseguiu o que não foi conseguido antes. Foi mais uma de suas tentativas de mostrar que ele, um ser superior, poderia trazê-lo”, disparou Calderón em entrevista à emissora “Radio Club Tenerife”.
O ex-mandatário do Real admitiu que Kaká era um sonho de quando ele estava à frente do clube, de modo que um ano depois de ter assumido a presidência e teve a chance de contratá-lo em julho de 2009, mas recebeu a recomendação de não fechar o negócio porque o meia brasileiro estaria lesionado.
Calderón revelou ainda que Cristiano Ronaldo foi negociado em uma operação feita durante seu mandato, e que Pérez apenas recebeu o contrato já formalizado.
A chegada de Kaká e do astro português, como lembrou o ex-presidente, causou as saídas dos holandeses Sneijder e Robben, que ele considera “jogadores excepcionais”, e por pouco não levou também à negociação do argentino Higuaín, “a quem eles quiseram vender”.
Por fim, o ex-dirigente exaltou as contratações de jogadores como os brasileiros Marcelo e Pepe (naturalizado português), além do próprio Higuaín, que chegaram ao Real durante seu mandato e que, segundo ele, foram muito criticados por pessoas ligadas à atual diretoria.
“Florentino Pérez gastou 450 milhões de euros e desprezou jogadores como Sneijder e Robben, que por ironia jogaram a final da Liga dos Campeões em nosso estádio e a final da Copa do Mundo com a Holanda”, afirmou.