A magia de Valdívia voltou a enfeitiçar a torcida palmeirense na noite desta quarta-feira, na Arena Barueri. O meia chileno foi a surpresa do técnico Luiz Felipe Scolari para a partida de volta das oitavas de final da Copa Sul-Americana, diante dos bolivianos do Universitario Sucre. Após vencer por 1 a 0 na altitude de 2.800 metros da casa do adversário, o time paulista não encontrou nenhuma dificuldade para bater o rival mais uma vez, agora por 3 a 1.
O único empecilho alviverde no caminho ao embate brasileiro contra o Atlético Mineiro pelas quartas de final foi a falta de luz. Os refletores do estádio se apagaram logo na volta do intervalo e os anfitriões foram obrigados a aguardar cerca de 30 minutos para decretar a eliminação boliviana. Em meio ao escuro de Barueri, a cabeça dos atletas estava iluminada. Os quatro gols do confronto foram marcados em jogadas aéreas.
Para abrilhantar a testa dos companheiros, a “mágica” foi chegar pela esquerda com Gabriel Silva. O jovem lateral reluziu por este setor de campo e abasteceu os dois tentos palmeirenses assinalados na primeira etapa do jogo. No primeiro, fez cruzamento açucarado na testa de Kléber. O “Gladiador” agradeceu o presente e feriu de forma mortal o escudo defensivo do Universitario. Aos 27, foi Luan quem aproveitou a assistência para estufar as redes dos visitantes.
A partir da vantagem parcial, Felipão buscou reduzir o ritmo do time, afim de poupar seus principais atletas para o clássico do final de semana frente ao Corinthians, válido pela 31ª rodada do Brasileirão. Os ânimos alviverdes só voltaram a se acender depois que Cirillo se aproveitou do “apagão” da zaga anfitriã para vencer o arqueiro Deola, aos 16 minutos da etapa regulamentar.
No entanto, qualquer esperança do Sucre foi abatida pelo terceiro tento palestrino, aos 24. Desta vez foi Marcos Assunção quem provou novamente sua categoria em cobrança de faltas. Aventureiro no ataque, o zagueiro Danilo interceptou a batida e decretou a contagem final.
No momento do apito final do árbitro, o Galo já cantava em terras colombianas a melodia da classificação. Os dois brasileiros têm compromisso marcado em meio aos seus diferentes objetivos no Brasileiro. Enquanto o Verdão sonha em chegar à Libertadores por outra via, o Atlético luta para fugir do segundo rebaixamento da década.