Após dois dias de paralisação, o impasse continua. Em assembleia realizada nesta sexta, os operários responsáveis pela reforma no Maracanã decidiram manter a greve, iniciada após uma explosão que levou um trabalhador ao hospital.
O Consórcio Maracanã 2014 chegou a anunciar melhorias nas condições de trabalho, mas a oferta não agradou e o movimento irá prosseguir por tempo indeterminado. De acordo com os sindicalistas, foi oferecido 10% de aumento na cesta básica, hoje em R$ 110 (os trabalhadores querem R$ 300). Eles rechaçaram a proposta que ignorava o pedido de plano de saúde a familiares e equiparação salarial com o que é pago no mercado.
Fato é que alguns dos operários até quiseram voltar aos seus postos, mas foram impedidos pelos colegas. A obra ficará parada neste final de semana, já que a próxima assembleia será na segunda-feira pela manhã, um dia antes de um perito do Ministério do Trabalho averiguar as condições oferecidas aos empregados.
O Consórcio responsável pelas obras afirmou, em nota, que a remuneração está de acordo com um contrato coletivo de trabalho que está válido até janeiro de 2012 e se mostra disposto a negociar as reivindicações, mas apenas para o novo contrato e não para já. Desta feita, o Tribunal Regional do Trabalho do Rio de Janeiro será acionado para resolver a questão.