As obras para a Copa do Mundo de 2014 estão 20% mais atrasadas em São Paulo na comparação com as demais cidades sede. Na avaliação de especialistas das áreas de engenharia e de transportes, as questões políticas interferem nas decisões.
A exclusão do Morumbi do Mundial e a escolha do futuro estádio do Corinthians dificultam os projetos de infraestrutura. O governo do Estado e a Prefeitura tiveram que elaborar um plano de obras para Itaquera, sem abandonar a que beneficiaria o São Paulo Futebol Clube.
Com a demora, a arena na zona leste de São Paulo já está fora da Copa das Confederações, em 2013. O economista Joseph Barat, especialista em transporte, disse ao repórter Thiago Uberreich que as interferências externas prejudicam o planejamento. E acrescenta que a capital paulista perdeu muito tempo com a indefinição sobre o estádio da Copa.
O presidente nacional do Sindicato da Arquitetura e Engenharia, João Alberto Viol, destaca que o atraso em São Paulo é maior, mas possível de se reverter. O presidente do Sinaenco Nacional lembra que 36 meses é um período normal para conclusão das obras de um estádio.
Hoje, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, deverá se reunir com Ricardo Teixeira. Ele não aceita levar a culpa pelos atrasos na cidade e pretende cobrar da CBF uma posição mais firme em relação à FIFA. Tanto o Estado quanto a Prefeitura argumentam que não cabe ao poder público colocar dinheiro em um estádio privado.