As obras de infra-estrutura prometidas em Porto Alegre (RS) para a Copa do Mundo de 2014 estão sob risco. Em entrevista nesta sexta-feira (6), o diretor do Departamento Municipal de Habitação (DEMHAB), Humberto Goulart enumerou as dificuldades para a obra, especiamente em relação às 1,8 mil famílias que teriam de ser removidas de áreas irregulares para obras como a ampliação do aeroporto Salgado Filho, o aumento do complexo do Beira-Rio e também a duplicação de vias de acesso ao estádio.

Hoje, ainda restam 1,4 mil famílias a serem removidas, ainda mais porque algumas delas estariam se recusando a trocar os locais onde moram pelas moradias populares que devem ficar até o fim de 2012. Os removidos estão, quase em em sua totalidade na área do Aeroporto, que ganhará mais 3 km de pista.

O problema é o tempo entre a remoção das famílias e liberação das áreas, que é visto como insuficiente, já que as famílias não podem ser retiradas à força. A DEMHAB segue negociando com os líderes das comunidades que, cientes da urgência que as autoridades têm em removê-los, barganham.

De toda a maneira, caso nenhuma obra saia, já há uma solução – ainda que não adequada: deixar os carros longe do estádio, a cerca de 5km de distância, já que as vias de acesso ao Beira-Rio são consideradas apertadas.”Se acontecer de não terminar, aconteceu, mas o bem estar das famílias é mais importante”, resumiu Goulart.


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Obras para Copa em Porto Alegre podem não sair

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