A novela envolvendo negociações entre os donos de equipes da NBA e o sindicato de jogadores parece ter sido retomada após a imprensa publicar que haverá uma nova reunião nesta quarta-feira em Nova York para tentar definir a assinatura de um novo convênio coletivo.
Há menos de uma semana, houve uma reunião que durou 30 horas em um hotel de Nova York com o mediador federal George Cohen. Porém, nenhuma das partes mudou sua postura com relação a dois temas primordiais: distribuição da receita e teto salarial.
Várias fontes ligadas aos envolvidos informaram que a volta às negociações segue o processo que aconteceu até agora, o de programar reuniões inesperadamente, o que ainda não deu resultados.
A suspensão das negociações pode levar a novos cancelamentos de partidas da temporada regular em novembro, o que poria em risco o restante da competição.
O cancelamento das primeiras 100 partidas da competição já representou a perda de US$ 170 milhões em salários para os jogadores.
O comissário da NBA, David Stern, tinha previsto anunciar na terça-feira o cancelamento outros 102 jogos até o dia 28 de novembro, o que, no entanto, não aconteceu.
Mesmo que as duas partes cheguem a um acordo para um novo convênio coletivo, será necessário, pelo menos, quatro semanas para completar toda a tramitação oficial antes da competição ser iniciada.
A nova reunião acontece em meio a um ânimo quente, e com a declaração do presidente do sindicato de jogadores, o armador de Los Angeles Lakers, Derek Fisher, de que os diretores da liga são “mentirosos”.
Fisher disse aos jornalistas que tanto o sub-comissário da NBA, Adam Silver, como o dono do Spurs, Peter Holt, que também dirige o comitê de relações trabalhistas da liga, mentiram na entrevista coletiva após os três dias de negociações com Cohen como mediador.
O primeiro meio de comunicação que tomou conhecimento da nova reunião entre os donos e sindicato de jogadores foi o jornal “New York Daily News”.
De acordo com o veículo, os grupos de trabalho serão pequenos e a reunião deve contar com a presença do comissário Stern, que não pôde comparecer ao encontro da quinta-feira passada devido a uma gripe.
Um grupo de 18 estrelas da NBA, liderado por nomes como Kobe Bryant, Dwight Howard, Dwyane Wade, LeBron James, Kevin Durant e Carmelo Anthony, já está pronto para começar no domingo em Porto Rico uma viagem mundial de seis jogos.
O anúncio oficial da lista completa e os detalhes da viagem devem divulgados na tarde desta quarta.
Cada jogador receberá um salário entre US$ 500 mil e US$ 1 milhão e a maioria do dinheiro será destinada a organizações de caridade.