O ex-presidente da Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol), Nicolás Leoz, declarou nesSa sexta-feira (26) que não tem “nada a esconder”, se referindo a suposta investigação da Fifa por ter vendido seu voto para a escolha do Catar como sede da Copa do Mundo de 2022.
“Que averiguem o que quiserem, eu não tenho nada a esconder. Dizem que recebi dinheiro do Catar, mas não me ofereceram um centavo”, disse Leoz em entrevista à rádio 970 AM.
O dirigente paraguaio, de 84 anos, deixou nesta semana o comando da Conmebol e o seu cargo no Comitê Executivo da Fifa e da Copa do Mundo de 2014, alegando problemas de saúde.
O anúncio coincidiu com o surgimento de informações sobre uma investigação por parte da Fifa. Leoz supostamente teria aceitado US$ 20 milhões para vender seu voto na escolha da sede da Copa de 2022.
O ex-presidente da Conmebol negou qualquer relação e disse que sua renúncia já era planejada. “Mentalmente estou muito bem. O que me cansa são as cinco viagens por ano para a Suíça e as duas ao Japão. São esses os motivos pelos quais saio de cena”, afirmou.
Sobre as acusações por corrupção, o paraguaio não quis entrar em polêmicas e declarou que “é preciso pensar que existe gente má, mas também gente trabalhadora”.
Nicolás Leoz foi substituído no cargo por seu vice-presidente, o uruguaio Eugenio Figueredo, até o final do mandato, em 2015.
Na próxima terça-feira (30), uma reunião entre os presidentes das federações da Conmebol deve confirmar a saída de Leoz e a entrada de Figueredo na presidência da entidade.
Para ocupar o posto de vice-presidente da Conmebol, o favorito é o atual presidente da Associação Paraguaia de Futebol (APF), Juan Ángel Napout, a quem Nicoláz Leoz apoia. “Se o escolherem, vamos continuar colaborando”, concluiu.