A Seleção Brasileira de Basquete está com as portas abertas para Nenê, mas ele terá que "entrar no esquema". Em entrevista coletiva no Rio de Janeiro, nesta segunda-feira, o técnico Lula Ferreira afirmou que deve voltar a convocar o pivô, que, por sua vez, terá que demonstrar vontade em vestir a camisa verde e amarela.
"Falaram que o grupo ficou chateado com o Nenê e não o queriam mais na seleção. Não é bem por aí. O grupo quer todo mundo que tenha o mesmo pensamento. Se ele vier e estiver em sintonia com o elenco, será um grande reforço. Aqui ninguém tem vaidade e todos pensamos no Brasil. Se ele vier com esse pensamento, será muito bem-vindo", disse Lula.
Já o presidente da CBB (Confederação Brasileira de Basquete), Gerasime Bozikis, o Grego, voltou a minimizar a decisão de Nenê de não servir à seleção como crítica à estrututa precária dos atletas que atuam no Brasil. Na verdade, o dirigente alegou que o motivo foi outro.
"Ele (Nenê) mandou um oficio para a gente, dizendo que estava muito cansado, precisava descansar e se tratar, mas que mais adiante estaria à disposição. Disse que estaria torcendo muito para o Brasil", disse Grego. O presidente deixou claro que não irá implorar para ninguém se apresentar à seleção. "A CBB não convence ninguém a vir para a seleção. O atleta tem que ter essa vontade. Esse espírito a CBB não impõem", completou.
Nenê está em fase de prepração para disputar sua quarta temporada na NBA, onde ganhou seu espaço e respeito no Denver Nuggets. Embora servido com bons jogadores para posição, o Brasil sofreu com a ausência de pivôs na Copa América, quando também não pôde contar com "Baby" Araújo, Estevam e Anderson Varejão.
