Em uma entrevista particular para sua Assessoria de Imprensa, que logo em seguida, foi enviada à mídia, o ex-presidente da CBT, Nelson Nastás, ratificou estar sendo acusado injustamente de má gestão à frente do maior órgão do tênis no Brasil.

Nastás considera um complô do grupo do ex-presidente da entidade Walmor Elias – hoje liderado por Jorge Lacerda Rosa – para retomar o poder depois de uma desastrosa administração no início dos anos 90.

Para ele, o grupo de Elias e Rosa armou a situação que gerou a investigação sobre sua administração e um processo de intervenção na CBT, que poderá ser invalidado pela justiça a qualquer momento. “Foi o próprio filho do Walmor Elias (Leandro Elias, atual chefe de delegação da administração Rosa) quem recolheu documentos referente à restituições de despesas pagas do meu próprio bolso enquanto defendia os interesses da CBT”, afirma.

O dirigente defende ainda que sua administração foi muito benéfica para a entidade. Além de reduzir bruscamente a dívida, a CBT conquistou na sua gestão uma cadeira na diretoria da Federação Internacional – fato inédito até então, aumentou o número de torneios juvenis e profissionais e capacitou centenas de professores de tênis e árbitros em todos os estados do País.

Sobre o boicote dos jogadores da Copa Davis no ano passado, Nastás relembra que o Brasil foi rebaixado dentro da quadra ao perder para o Canadá em 2003, com uma surpreendente derrota de Kuerten para Daniel Nestor que em 17 partidas disputadas na simples, só venceu esta contra Guga e mais uma.

“Na verdade, começamos a ser rebaixados na rodada anterior (contra a Suécia), quando o Acioly, inexplicavelmente, substituiu o André Sá, que havia jogado muito bem as partidas de simples e dupla, pelo Saretta; justamente no jogo que decidiria o confronto (Saretta perdeu por 3 sets a 0). Não deu para entender. O boicote foi muito conveniente. A premiação da segunda divisão é bem menos atraente e a motivação política para promover o grupo de Rosa e Walmor Elias ao poder, que contava com o apoio da família Kuerten, foram razões reais para o boicote."

O ex-presidente ainda relembra que pagou do próprio bolso, a dívida deixada pela gestão de Elias, antes de sua chegada no início da década. Sobre a atual administração, está muito preocupado com os rumos que está tomando, principalmente de em pouco tempo, já ter entrado em atrito com o princpal patrocinador do esporte no país, o Banco do Brasil e não ter renovado o contrato de transmissão dos torneios internos na TV, que rendia R$ 100 mil aos cofres da entidade.

Nelson Nastás está convicto que será inocentado de todas as acusações que pesam sobre ele, quando as investigações terminarem, pois todas as explicações foram dadas. O presidente aguarda ainda, uma decisão da justiça para retornar ao cargo e conduzir uma nova eleição na entidade, desta vez respeitando o estatuto e garantindo não haver mais manipulações.


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Nelson Nastás se defende de acusações em entrevista

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