Em pouco mais de um ano, ao menos dois casos recentes de jogadores mortos por fatalidades dentro de campo criaram reflexão sobre a segurança dos jogadores e novas medidas de prevenção. Na prática nada foi mudado e casos como o de Serginho continuarão acontecendo. As chances são realmente mínimas de sobrevivência, mas é necessário potencializar ao máximo as que já existem.

No Brasil, Serginho não foi o primeiro. Max, zagueiro do Botafogo de Ribeirão Preto, aos 21 anos, morreu após passar mal em um coletivo da equipe no estádio Santa Cruz, em 2003. Beto, quarto-zagueiro do Moto Clube, morreu aos 26 anos, de enfarte, no estádio Castelão, em 1985. Entre outros vários casos.

<b>Opinião médica:</b>

Choque poderia ter salvo Serginho, diz médico

Em entrevista à Jovem Pan, o Dr. Martino Martinelli, especialista em arritmia e responsável no Instituto do Coração pelo setor de marca-passo, disse que "o jogador Serginho teria grande chance de estar vivo agora se imediatamente pudesse se usar o desfibrilador, se o equipamento estivesse à disposição, na beira do campo, e ele, assim que caiu, tivesse recebido um choque".

<b>Opinião: Mario Sérgio</b>

O técnico Mario Sérgio alega ter havido negligência no incidente com Serginho. Para ele, os dirigentes já sabiam do problema cardíaco que o jogador tinha, mas ao descobrir o problema de saúde, ao invés de evitar que ele continuasse jogando, fizeram com que ele assinasse um termo de responsabilidade.

"Não é possível que um jovem perca a vida assim […] não pode, não pode", chorou inconformado. O treinador confirmou à JP que os exames pré-temporada de Serginho apontaram uma arritmia cardíaca e afirmou que o clube sabia do problema de Serginho e que no mínimo houve negligência por parte do São Caetano.

Segundo o ex-técnico do clube, falou tratar-se de um suicídio o que fizeram com ele.

<b>Últimos casos</b>

Em janeiro deste ano, em partida pelo Campeonato Português, o atacante húngaro Miklos Feher, do Benfica, caiu no gramado e faleceu pouco depois. Uma parada cardiorrespiratória provocou a morte do atleta.

Em junho de 2003, o camaronês Marc Vivien Foe desabou em campo e faleceu – segundo diagnóstico, por parada cardíaca. As imagens filmadas chocaram o mundo. Mas nada, com relação a segurança dos jogadores, foi mudado.


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Não foi a primeira vez

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