O tenista escocês Andy Murray venceu nesta sexta-feira o francês Jo-Wilfried Tsonga por 6-3, 6-4, 3-6 e 7-5, em duas horas e 46 minutos de partida, e garantiu vaga na final do torneio de Wimbledon pela primeira vez em sua carreira.

Além disso, Murray quebrou um jejum que durava desde 1938: desde aquele ano (com Bunny Austin) um tenista britânico não disputava a final do lendário Grand Slam.

Murray vai enfrentar na final do próximo domingo o suíço Roger Federer, que hoje derrotou o atual campeão, o sérvio Novak Djokovic, por 6-3, 3-6, 6-4 e 6-3 em duas horas e 19 minutos.

Assim que a incessante chuva sobre a capital britânica deu uma trégua, a organização de Wimbledon decidiu reabrir a tão utilizada cobertura retrátil da quadra central para que a segunda semifinal do dia não fosse disputada em ambiente fechado, ao contrário do que aconteceu na partida anterior, entre Federer e Djokovic.

Murray, de 25 anos, contou com o apoio dos mais de 15.000 espectadores presentes no All England Club. Entre gritos de incentivo e aplausos, eles contribuíram para a vitória de um herói local que terá uma missão bastante complicada no domingo: vencer na final ninguém menos que o tenista que tentará se igualar ao recorde do americano Pete Sampras de sete títulos em Wimbledon.

O início do duelo entre Murray e Tsonga foi marcado pelas longas trocas de golpes entre os dois tenistas do fundo da quadra, o que fez com que ele se assemelhasse a uma partida disputada no saibro.

Mostrando muita confiança, o escocês abriu 3-0 no primeiro set e fechou a parcial em 34 minutos, por 6-3. No set seguinte, Tsonga cometeu 11 erros não forçados, Murray manteve seu tênis ofensivo desde o fundo da quadra e venceu por 6-4.

Na parcial seguinte, Tsonga reagiu abusando de golpes certeiros de direita e conseguiu diminuir o prejuízo, fechando em 3-6. Após deixar escapar o set, Murray, sempre apoiado pelo público, quebrou o serviço de seu adversário no quarto game, mas o francês devolveu o “break” e confirmou seu saque, deixando o placar empatado em 3-3.

A tão comentada fragilidade mental de Murray pareceu não existir nesta partida. Um bom exemplo aconteceu no oitavo game do terceiro set, quando conseguiu salvar dois breaks de Tsonga. O escocês manteve a cabeça fria e, após ficar em vantagem de 6-5 no 11º game, quebrou o serviço do francês, fechando a partida.

Murray espera agora pôr fim a uma longa espera do tênis britânico e se tornar o primeiro tenista do Reino Unido desde Fred Perry, em 1936, a se coroar rei de Wimbledon na final do próximo domingo.


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Murray vence Tsonga e é 1º britânico a ir à final de Wimbledon desde 1938