Foram 77 anos desde o título de Fred Perry até que neste domingo um britânico voltasse a ser campeão do torneio de tênis de Wimbledon. O autor do feito foi o escocês Andy Murray, que derrotou o sérvio Novak Djokovic por 3 sets a 0 na final, com parciais de 6-4, 7-5 e 6-4.
Vice-campeão na grama sagrada no ano passado, quando perdeu para suíço Roger Federer, Murray obteve o segundo troféu de Grand Slam de sua carreira. Em 2012, também uma decisão contra ‘Djoko’, ele faturou o US Open.
A partida deste domingo foi menos equilibrada que o esperado. O atleta “da casa” foi melhor desde o começo, enquanto seu adversário alternou bons e maus momentos e acabou sendo derrotado em 3h09min.
Na quadra central do All England Club, com o primeiro-ministro David Cameron posto de pé ao final da partida, Murray gravou seu nome como herdeiro de Perry, tricampeão de 1934 a 1936.
O jogo colocou a prova mais uma vez a parte psicológica do vice-líder do ranking da ATP. O apoio da torcida, que mais uma vez se fez visto, deixou de ser uma pressão extra e enfim se tornou incentivo.
O primeiro ponto do duelo, disputado sob intenso calor, foi uma declaração de intenções por parte de Murray, que já não é aquele tenista inseguro que perdeu três semifinais consecutivas antes de se classificar para sua primeira final de Wimbledon, no ano passado.
Transformado em vencedor após anos no papel de vítima, Murray resistiu com solidez às primeiras trocas de bola com o sérvio, que teve mais dificuldades que o esperado para confirmar o serviço.
O escocês mostrou que ainda não está imune à pressão. Logo depois de quebrar o saque de Djokovic, ele cometeu duas duplas faltas e teve mais dificuldades que o esperado para fechar o game e fazer 1 set a 0 em seguida.
Na segunda parcial, quem se mostrou intranquilo foi o número 1 do mundo, que chegou a abrir 4-1, mas permitiu o empate em 5-5, teve o serviço quebrado mais uma vez no 11º game e foi derrotado por 7-5.
Nervoso, ‘Djoko’ deu a impressão de que seria presa fácil no terceiro set, no qual saiu perdendo por 2-0. Murray, no entanto, permitiu a reação e chegou a estar perdendo por 4-2, mas levou a melhor em quadro games seguidos e deu fim ao jejum histórico.