O ex-atacante Fernandão, que morreu neste sábado (07) em acidente de helicóptero na cidade de Aruanã, em Goiás, quando viajava para Goiânia, recebeu série de homenagens dos clubes que defendeu, da presidente Dilma Rousseff, da CBF e da Fifa.
O velório do ex-atleta, que tinha 36 anos, acontecerá no ginásio Luís Torres de Abreu, no complexo da Serrinha, que pertence ao Goiás, clube que o revelou. O horário ainda não foi divulgado, mas a direção do Esmeraldino já anunciou que a primeira partida da cerimônia será restrita a familiares e amigos.
“O futebol nos reserva momentos de muita consternação. É um dia de luto para o Goiás Esporte Clube e todos os seus torcedores. Tivemos, hoje pela manhã, a desagradável notícia da perda de um dos nossos maiores ídolos. Um jogador que iniciou sua trajetória em nossa escolinha”, lamentou o presidente Sérgio Rassi. O presidente do Internacional, Giovanni Luigi, estará em Goiânia acompanhado pelo secretário-geral Gelson Pires e o ex-presidente Fernando Carvalho. O Colorado chegou a propor que o velório fosse realizado em Porto Alegre, mas a pedido dos familiares do atleta, a cerimônia acontecerá em sua cidade natal.
A diretoria do time gaúcho anunciou que uma série de homenagens ao capitão da conquista do título mundial de 2006 serão realizadas. Uma delas é que na primeira partida após a disputa da Copa do Mundo, a camisa 9, utilizada por Fernandão no clube, não será utilizada. Neste domingo (08), às 17h, será realizada uma missa em memória ao jogador.
O São Paulo, que foi o último clube do goiano como atleta, também se manifestou, divulgando nota de pesar e declaração do goleiro Rogério Ceni, que foi companheiro de Fernandão em 2010 e 2011.
“Conviveu um ano conosco, o suficiente para ser querido e próximo de todos. Uma pessoa espetacular, fora de série, cheia de ideias. Um cara inteligente. Difícil dizer qualquer coisa. É chocante ver a vida de uma pessoa jovem, boa e querida se perder tão drasticamente assim”, afirmou o goleiro.
A CBF, através do presidente da entidade José Maria Marin, e a Fifa, por meio de carta divulgada pelo presidente Joseph Blatter, também lamentaram a morte do ex-jogador. O Olympique de Marselha e o Al Ghaarafa, do Catar, que também contaram com o atacante em seus elencos, também se manifestaram.
O técnico do Internacional, Abel Braga, comandante de Fernandão na conquista do Mundial de Clubes, exaltou o espírito de liderança do ex-jogador, e admitiu estar sofrendo com a perda de um amigo pessoal.
“Hoje, vejo quebrado dentro de mim um grande pedaço das palavras amizade, lealdade, honestidade e, acima de tudo, caráter. Mas o mais importante para quem o conheceu foi a grande célula que ele criou dentro de nós, uma luz que jamais se apagará. Ficará na história e na memória do Internacional e do futebol brasileiro. Que ele descanse em paz e que seus entes possam superar essa dor”, afirmou.
A presidente Dilma Rousseff, torcedora do Colorado, assim como do Atlético Mineiro, utilizou o Twitter ainda na manhã deste sábado para falar da morte do ex-jogador.
“Lamento muito a morte de #Fernandão, ídolo do Internacional e de todos os amantes do futebol. Campeão mundial de clubes dentro de campo, Fernandão era fora de campo exemplo de caráter”, escreveu a chefe de estado.